Memória de São Venceslau, venerado como mártir na Boémia. Memória de William Quijano, jovem salvadorenho, morto pela violência das maras. Leia mais
Memória de São Venceslau, venerado como mártir na Boémia. Memória de William Quijano, jovem salvadorenho, morto pela violência das maras.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Eis o Evangelho dos pobres,
a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos,
a libertação dos oprimidos
Aleluia aleluia, aleluia
I Crônicas 18,1-17
Depois disto, David derrotou os filisteus e submeteu-os, arrebatando das suas mãos Gat e as cidades anexas. Derrotou também os moabitas, que se tornaram seus vassalos e lhe pagaram tributo. David derrotou também a Hadad-Ézer, rei de Soba, em Hamat, quando ele se encaminhava para estabelecer o seu domínio sobre as margens do Eufrates. David apreendeu-lhe mil carros, sete mil cavaleiros e vinte mil soldados de infantaria. Cortou os jarretes de todos os cavalos de tiro e deles conservou somente cem. Os arameus de Damasco vieram em auxílio de Hadad-Ézer, rei de Soba, mas David matou-lhes vinte e dois mil homens. E pôs guarnições em Aram de Damasco, e os arameus tornaram-se seus vassalos e pagaram-lhe tributo. O Senhor protegia-o em todas as suas empresas. David apoderou-se dos escudos de ouro pertencentes aos servos de Hadad-Ézer e transportou-os para Jerusalém. Também se apoderou de grande quantidade de bronze, em Tibeat e em Cun, cidades de Hadad-Ézer. Com ele fez Salomão o mar de bronze, as colunas e os utensílios de bronze. Toú, rei de Hamat, soube que David desbaratara todo o exército de Hadad-Ézer, rei de Soba, e enviou-lhe Hadoram, seu filho, para o saudar e felicitar por ter atacado e vencido Hadad-Ézer, pois Toú estava em contínua guerra com Hadad-Ézer. Enviou-lhe também toda a espécie de objectos de ouro, de prata e de bronze. O rei David consagrou-os ao Senhor com o ouro e a prata que tomara a todos os povos, a Edom, a Moab, aos amonitas, aos filisteus e a Amalec. Abisai, filho de Seruia, derrotou dezoito mil idumeus no vale do Sal. Pôs guarnições em Edom, e todo o Edom ficou sujeito a David. O Senhor protegia David em todas as suas empresas. David reinou sobre todo o Israel, julgando e fazendo justiça a todo o povo. Joab, filho de Seruia, comandava o exército; Josafat, filho de Ailud, era arquivista; Sadoc, filho de Aitub, e Abimélec, filho de Abiatar, eram sacerdotes; Chávecha era escriba; Benaías, filho de Joiadá, era chefe dos cretenses e dos peleteus, e os filhos de David eram os primeiros ao lado do rei.
Aleluia aleluia, aleluia
O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos
Aleluia aleluia, aleluia
Este capítulo, juntamente com o décimo nono e o vigésimo, narra as vitórias de David sobre os inimigos de Israel. O autor começa com a derrota e a consequente submissão dos Filisteus, dos Moabitas e dos Amonitas (vv. 1-8). A narração é sucinta, mas mostra a força extraordinária do novo rei. O texto - que repete de modo mais detalhado o que está escrito no segundo livro de Samuel (cc. 8-21) - omite, no entanto, os castigos que David aplicou aos Moabitas, para que não depusessem a glória do rei. O rei de Emat, vendo o avanço contínuo de David, prefere enviar o filho com objectos preciosos para oferecer como dons ao rei de Jerusalém (vv. 9-13). O texto dispensa depois, brevemente, algumas anotações sobre a organização do reino (vv. 14-17). Nos dois capítulos seguintes, continuam as campanhas militares de David ainda contra os Amonitas e os Filisteus. O Cronista, inserindo a este ponto uma narração sintética das guerras vitoriosas de David, pretende mostrar aos leitores que Deus protege o Seu enviado, dando-lhe também a possibilidade de acumular riquezas que servirão para construir o templo. No entanto, ao autor não foge a crueldade de David, a sua ferocidade em combater os inimigos e em exterminá-los. Não há dúvidas que omite muitas das crueldades cometidas pelo rei, mas não pode não notar a excessiva familiaridade que tem com a guerra e as respectivas violências. E é por esta razão que a David não é concedida a faculdade de edificar o templo, a casa de Deus. Pode-se tratar de um artifício do autor das Crónicas para justificar a razão pela qual David não pôde edificar o templo, vistas as vitórias e as riquezas acumuladas. Mas a razão que o autor apresenta - e o capítulo vinte e dois explicita-a - virá da boca de David enquanto exorta Salomão a construir o templo: "Acontece, porém, que me chegou uma mensagem do Senhor: tu derramaste muito sangue e fizeste guerras violentas: por isso, não serás tu a construir um Templo ao meu Nome, porque derramaste muito sangue sobre a terra na minha presença" (22, 8). É uma anotação significativa que ajuda a entender a complexidade da história de Israel e também a colher aquelas sementes de paz entre todos os povos da Terra que o Senhor não deixou de semear ao longo da história do Seu povo e que emergirão de maneira plena com a mensagem evangélica. Um midrash ajuda-nos a compreender ainda melhor esta mensagem. Logo depois da passagem do Mar Vermelho, os hebreus elevaram a Deus um canto de louvor. E aos anjos do Céu que pediam para se unirem ao coro dos hebreus, Deus respondeu: "Poderei por ventura cantar enquanto milhares dos meus filhos morrem engolidos pelo mar?". É uma admostação que devemos acolher com atenção e respeito. O nome de Deus é sempre um nome de paz.
