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Festa da ImacuSegunda-Feira Santalada Conceição
Palavra de deus todos os dias

Festa da ImacuSegunda-Feira Santalada Conceição

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Libretto DEL GIORNO
Festa da ImacuSegunda-Feira Santalada Conceição
Domingo, 8 de Dezembro

Homilia

Com a aproximação do Natal, a liturgia vem ao nosso encontro com esta festa em honra da Mãe de Jesus. A Virgem Maria tornou-se para nós, num exemplo de como viver este tempo de Advento: quem, senão Ela, nos pode mostrar como viver o Advento de Jesus? O Evangelho de Lucas que nos foi anunciado apresenta-nos uma jovem com cerca de 12 ou 13 anos, que nasceu numa pequena aldeia da Galileia, Nazaré, na extrema periferia do Império romano. Era uma jovem como todas as outras. Mas, sobre Ela pousou-se o olhar de Deus. É o mistério que a Igreja nos faz contemplar hoje: Maria foi concebida pelos seus pais, Joaquim e Ana, sem pecado, isto é, sem o pecado original. Ela foi preservada do drama do afastamento de Deus que desde Adão e Eva marcam todos os homens e todas as mulheres. A Igreja celebrou durante séculos esta festa com o título de «Concepção de Maria». Com Pio IX, que em 1854 proclama este dogma, recebeu o nome de “Imaculada Conceição”. Maria foi concebida sem pecado original para ser uma mãe digna de Jesus: por isso, Aquela que viria a ser a Mãe do Filho de Deus, não podia ser ferida pelo pecado original. Ela nasceu sem pecado não por mérito próprio, mas por graça. O Senhor Deus quis preparar n’Ela uma morada digna do Seu Filho. Santo Anselmo canta assim este mistério: “Era justo que fosse ornada de uma pureza superior, à qual não se pode conceber uma maior senão a do próprio Deus, esta Virgem a quem Deus Pai deu o Seu próprio Filho de um modo tão especial”. O amor ao Filho protegeu, portanto, a Mãe. Podem-se aplicar a Ela as palavras do Cântico dos Cânticos: «És bela, minha amada, e não tens um só defeito» (4, 7). É o que Lhe diz o anjo na anunciação: «Alegra-Te, cheia de graça: O Senhor está contigo» (Lc 1, 28).
Este mistério de Maria não é desconhecido à comunidade dos crentes. Assim como Deus pousou o Seu olhar sobre Ela no mo¬mento do concebimento, do mesmo modo pousou-o sobre nós, como anota o apóstolo Paulo: “Ele nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo, para que sejamos santos e sem defeito” (Ef 1, 4). Maria, e nós com Ela, fomos escolhidos por Deus antes da Criação do mundo. E fomos escolhidos para sermos santos e sem defeito. Não é por acaso que o apóstolo diz “fomos escolhidos” e não “nós escolhemos”. O nome de cada um de nós foi pronunciado por Deus e começámos a existir. É verdade, somos, antes de mais, fruto do amor de Deus; o Seu coração pensou em nós e nós viemos à luz. Os nossos pais entraram neste processo de amor. A nossa existência inicia no coração de Deus e n’Ele vive para sempre. Eis o motivo porque acreditamos que a vida é santa, para todos, desde o início e para sempre. O Senhor nunca se esquece do nosso nome e ai daquele que o quiser apagar! Todos nós estamos no coração de Deus.
Nesta festa, a Igreja faz-nos contemplar a grandeza do amor do Senhor e as maravilhas que consegue realizar através de nós, obviamente, se não trairmos a Sua predilecção. Maria, feita para se tornar na Mãe de Jesus, aceitou plenamente essa vocação. E não era nem fácil, nem dado por adquirido. Quando o anjo Lhe levou a saudação de Deus, Maria ficou perturbada. Na verdade, não tinha uma grande consideração de Si mesma, contrariamente aos sentimentos que normalmente encerramos nos nossos corações. É precisamente esse o nó do pecado original: o orgulho e o sentido de auto-suficiência. É dum coração afastado de Deus que tem origem o mal do mundo. Maria não se exalta com o anúncio do anjo, antes pelo contrário, fica perturbada. O mesmo deveria acontecer com cada um de nós, sempre que escutamos o Evangelho. No entanto, o anjo conforta-A: “Não tenhas medo Maria porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás um filho e dar-lhe-ás o nome de Jesus” (vv. 30-31). Na verdade, esse anúncio perturba-A ainda mais; sobretudo, porque ainda não vivia com José. Mas, o anjo acrescenta: “O Espírito Santo virá sobre Ti e o poder do Altíssimo Te cobrirá com a sua sombra” (v. 35). Não conhecemos o pensamento de Maria naquele momento. Se responde “não”, deixa-Se ficar na Sua tranquilidade e continua a vida de sempre. Se, pelo contrário, responde «sim», toda a Sua vida é transformada. Maria, ao contrário de nós, não conta com as Suas forças, mas só com a Palavra de Deus. Por isso diz: “Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Ela, a primeira amada por Deus, é também a primeira a responder “sim” à chamada. Hoje, Maria está diante de nós, diante dos olhos do nosso coração, para que contemplando-A possamos imitá-l’A e recebermos também nós o terno abraço do Filho que nos enche o coração e a vida.

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