Memória da morte de Ghandhi. Com ele recordamos todos os que, em nome da não-violência, são operadores de paz. Leia mais
Memória da morte de Ghandhi. Com ele recordamos todos os que, em nome da não-violência, são operadores de paz.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Eu sou o Bom Pastor,
minha voz as ovelhas escutam,
E serão um só rebanho e um só Pastor.
Aleluia aleluia, aleluia
São Marcos 4,21-25
Disse-lhes ainda: «Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro? Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha à luz. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.» E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»
Aleluia aleluia, aleluia
Eu vos dou um mandamento novo:
amai-vos uns aos outros!
Aleluia aleluia, aleluia
Jesus, depois de ter dito aos apóstolos e a alguns discípulos que lhes confiou o mistério do Reino de Deus, acrescenta que este mistério não deve ficar escondido, isto é, guardado só para eles, como se fossem um grupo de eleitos que se deverá deliciar dessa confiança. Certamente, deveriam aprofundá-lo e compreendê-lo com todo o empenho da própria inteligência. Mas aquele mistério era para todos os homens. Portanto, deveriam manifestá-lo a todos, difundi-lo largamente até aos confins da Terra. De resto, é o que o próprio Jesus fizera. Desde que deixou Nazaré e iniciou a Sua pregação pública, não deixa de percorrer as estradas e as praças da Galileia para anunciar a todos a proximidade do Reino de Deus, isto é, o amor do Pai por todos e, em particular, pelos mais pobres. Deveras a luz que tinha vindo para o mundo como escreve o prólogo do Evangelho de João já não está “debaixo da vasilha” mas está no candelabro. E as multidões aperceberam-se disso, ao ponto de acorrerem de todos os lados para serem iluminadas, para receberem uma luz que ilumina a escuridão de uma vida muitas vezes triste e difícil. A imagem da luz que existe para iluminar os outros, não certamente a si mesma, descreve bem a vida de Jesus. Ele, que é Luz verdadeira ilumina todos os homens. Não veio para Si mesmo, não Se encarnou para Se realizar a Si mesmo e, nem sequer para afirmar um próprio projecto pessoal. Jesus veio para a Terra para iluminar os passos dos homens para a salvação, veio para que todos, escutando a Sua Palavra, possam percorrer os caminhos da vida até chegarem ao Céu. Os discípulos que Ele continua a chamar ao longo dos séculos, de geração em geração, são exortados a fazerem o mesmo: isto é, a não esconderem a Luz do Evangelho que receberam, nem a comedirem-se na Sua anunciação ao mundo. Jesus adverte: “Com a mesma medida com que medirdes é que sereis medidos”. É a exortação para se ter um coração grande e misericordioso, como o do Pai que está no Céu. E a generosidade de Deus foi grande para connosco: deu-nos o Seu próprio Filho para que O acolhêssemos e O déssemos a conhecer aos outros. É numa generosidade análoga que seremos julgados. Jesus esclarece aos discípulos: “A todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem”. O amor, a generosidade, segundo o Evangelho de Jesus, não suportam restrições e confins: o coração do crente é universal e está aberto a todos.
