ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração do Dia do Senhor
Palavra de deus todos os dias

Oração do Dia do Senhor

XXXII do tempo comum
Memória da dedicação da catedral de Roma, a Basílica dos Santos João Baptista e Evangelista em Latrão. Oração pela Igreja de Roma. Recordação da “Noite dos cristais”, início da perseguição nazista contra os hebreus.
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Libretto DEL GIORNO
Oração do Dia do Senhor
Domingo, 9 de Novembro

Homilia

Escreve o Evangelho que dez mulheres aguardam a chegada do noivo. Cinco delas não têm juízo e as outras são prudentes. E a prudência, segundo a narração, consiste em levar consigo não só a lâmpada com a própria reserva normal de azeite, mas também outro azeite de reserva. As cinco sem juízo, seguras de si, julgam terem previsto tudo. Mas o noivo demora-se..., até noite, ou melhor, até noite funda. Obviamente nada de mais fácil para aquelas dez virgens do que se deixarem surpreender pelo sono. E, de facto, é fácil adormecer nos próprios hábitos e nas próprias certezas; é fácil deixar-se levar pelo torpor do amor-próprio. Note-se que todas adormecem. A distinção não reside aqui. Não há heróis que vigilam e velhacos que adormecem. Todas, todos, até mesmo os melhores se deixam surpreender pelo sono. Aquelas dez mulheres somos todos nós, muitas vezes fechados num modo de viver mesquinho e sonolento, sem grandes sonhos e ideais. Provavelmente, só com grandes sonos. De resto, o importante é estarmos tranquilos, não termos aborrecimentos, problemas, maçadas. Ou então, angustiamo-nos, sobretudo, pelas nossas coisas; afligimo-nos e teimamos em nos defendermos a nós mesmos. Esta é a noite de uma vida cinzenta, sempre igual, sem espaços de luz, sem estrelas; é a noite de um egoísmo difundido que nasce das profundezas do coração de cada um de nós, sensato ou não, não importa.
Mas nesta noite, ouviu-se de imprevisto um grito que anuncia a chegada do noivo. Que grito é esse? É o grito que provém das terras longínquas dos países pobres, é o grito que vem dos povos em guerra, é o grito dos idosos sozinhos que invocam companhia, é o grito dos pobres cada vez mais numerosos e abandonados, é o grito de quem precipita na angústia; e também é o grito do Evangelho e da pregação do Domingo. Pois bem, perante estes gritos até podemos acordar de sobressalto, mas se não tivermos a reserva de azeite, todas as desculpas são boas para não responder. E a reserva de azeite é o costume, ou se quisermos, o hábito, isto é, a constância de escutar e guardar no próprio coração a Palavra de Deus. Devemos estar treinados a escutar o Evangelho, para podermos escutá-l’O e compreendê-l’O também na Sua pressa. Se não tivermos os ouvidos habituados, nunca saberemos escutar nem responder ao grito dos pobres e nem sequer entrar numa vida cheia de sentido. Vivemos num tempo em que a escuridão parece ser cada vez maior e cerrada. E o sono da resignação parece ser sempre cada vez mais profundo. É preciso que as luzes voltem a resplandecer, que todos, pequenos e grandes, jovens e idosos, acendam a sua pequena chama da escuta do Evangelho, para vencerem a noite de uma vida avara e, muitas vezes, triste. Hoje, precisamos de um suplemento de azeite, de uma reserva de amor e de generosidade para que muitos possam entrar na sala do noivo para festejar.

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