ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração da vigília
Palavra de deus todos os dias

Oração da vigília

Memória da dedicação da basílica de Santa Maria in Trastevere. Nesta Igreja, a Comunidade de Santo Egídio reza, todas as tardes. Leia mais

Libretto DEL GIORNO
Oração da vigília
Sábado, 15 de Novembro

Memória da dedicação da basílica de Santa Maria in Trastevere. Nesta Igreja, a Comunidade de Santo Egídio reza, todas as tardes.


Leitura da Palavra de Deus

Aleluia aleluia, aleluia

Todo o que vive e crê em mim
não morrerá jamais.

Aleluia aleluia, aleluia

São Lucas 18,1-8

Depois, disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer: «Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário.’ Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: ‘Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.’» E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar? Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»

 

Aleluia aleluia, aleluia

Se tu creres verás a glória de Deus
diz o Senhor.

Aleluia aleluia, aleluia

O Evangelho de hoje fala de um tema muito querido a Lucas: a oração. Na verdade, a oração ocupava uma boa parte da vida e do dia do pio israelita. Também Jesus passava pessoalmente muito tempo a rezar. Para Ele, era uma experiência única, pessoalíssima. Mas, como qualquer mestre espiritual, devia ensinar também os discípulos a rezar. A primeira vez que o evangelista narra o ensinamento de Jesus sobre a oração é quando Ele lhes entrega o “Pai nosso” (11, 1-13). Agora, - é a segunda vez que fala disso aos discípulos – realça “a necessidade de rezar sempre sem nunca desistir”. Eles não só devem rezar “sempre”, como também o devem fazer “sem nunca desistir”. O perigo de desistirmos ou de desanimarmos perante os pedidos que não vemos atendidos, é uma experiência, muitas vezes comum. Jesus não quer que os discípulos percam a confiança em Deus e na Sua pronta misericórdia. Ele experimenta pessoalmente a força e a eficácia da oração: sabe que o Pai O escuta sempre. E di-lo explicitamente diante do sepulcro do amigo Lázaro: “Pai, Eu Te dou graças porque Me ouviste. Eu sei que sempre Me ouves” (Jo 11, 41-42). Pois bem, Jesus também quer que os discípulos tenham esta Sua certeza, esta Sua confiança na oração. O Pai, assim como O escuta a Ele, também escuta os discípulos. Portanto, a oração, diz Jesus, é sempre eficaz; não é possível haver dúvidas. E para confortar esta afirmação narra a parábola de uma pobre viúva que pede justiça a um juiz. Ela, símbolo da impotência dos fracos numa sociedade como a do tempo de Jesus, com a Sua insistência junto do juiz, desonesto e de coração duro é, no fim, contentada e obtém justiça. É uma cena que marca pelo seu realismo. Mas, sobretudo, é extraordinário o seu significado, aplicado à nossa oração ao Pai que está no Céu. Se aquele juiz assim tão duro satisfez aquela pobre viúva, diz Jesus, “Deus não faria justiça aos seus escolhidos que dia e noite gritam por Ele?” O Evangelho quer-nos convencer de todas as maneiras sobre a força e o poder da oração: quando ela é insistente podemos dizer que obriga Deus a intervir. A oração é a primeira obra que o discípulo é chamado a realizar; podemos dizer que é o primeiro trabalho que deve realizar, porque é com a oração que se actua a intervenção de Deus na vida e na história. E, então, como qualquer trabalho, também a oração requer continuidade e perseverança. É verdade, a oração não é um trabalho extemporâneo, alguma coisa que deva ser feita de vez em quando. É a sua continuidade que assegura a intervenção de Deus. E, de facto, a maior força do cristão está, precisamente, na oração. Perante esta afirmação, Jesus pergunta em tom grave: “Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar fé sobre a Terra?” É uma pergunta que interroga seriamente cada discípulo e cada comunidade. O Filho do Homem continua a vir sobre a Terra, ainda hoje. O que é feito da nossa oração? Felizes nós, se o Senhor nos encontrar vigilantes, isto é, perseverantes na oração.

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