ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração da Santa Cruz
Palavra de deus todos os dias

Oração da Santa Cruz

Memória de São Pier Damiani (1007-1072). Fiel à sua vocação monástica, amou toda a Igreja e despendeu toda a sua vida para reformá-la. Recordação dos monges em qualquer parte do mundo. Leia mais

Libretto DEL GIORNO
Oração da Santa Cruz
Sexta-feira, 20 de Fevereiro

Memória de São Pier Damiani (1007-1072). Fiel à sua vocação monástica, amou toda a Igreja e despendeu toda a sua vida para reformá-la. Recordação dos monges em qualquer parte do mundo.


Leitura da Palavra de Deus

Louvor a Vós, Ó Senhor, Rei de eterna glória

Eis o Evangelho dos pobres,
a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos,
a libertação dos oprimidos

Louvor a Vós, Ó Senhor, Rei de eterna glória

Isaías 58,1-9a

Grita em voz alta, sem te cansares.
Levanta a tua voz como uma trombeta.
Denuncia ao meu povo as suas faltas,
aos descendentes de Jacob, os seus pecados.

Consultam-me dia após dia,
mostram desejos de conhecer o meu caminho,
como se fosse um povo que praticasse a justiça,
e não abandonasse a lei de Deus.
Pedem-me sentenças justas,
querem aproximar-se de Deus.

Dizem-me: «Para quê jejuar,
se vós não fazeis caso?
Para quê humilhar-nos,
se não prestais atenção?»
É porque no dia do vosso jejum
só cuidais dos vossos negócios,
e oprimis todos os vossos empregados.

Jejuais entre rixas e disputas,
dando bofetadas sem dó nem piedade.
Não jejueis como tendes feito até hoje,
se quereis que a vossa voz seja ouvida no alto.

Acaso é esse o jejum que me agrada,
no dia em que o homem se mortifica?
Curvar a cabeça como um junco,
deitar-se sobre saco e cinza?
Podeis chamar a isto jejum
e dia agradável ao Senhor?

O jejum que me agrada é este:
libertar os que foram presos injustamente,
livrá-los do jugo que levam às costas,
pôr em liberdade os oprimidos,
quebrar toda a espécie de opressão,

repartir o teu pão com os esfomeados,
dar abrigo aos infelizes sem casa,
atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão.

Então, a tua luz surgirá como a aurora,
e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se.
A tua justiça irá à tua frente,
e a glória do Senhor atrás de ti.

Então invocarás o Senhor e Ele te atenderá,
pedirás auxílio e te dirá: «Aqui estou!»
Se retirares da tua vida toda a opressão,
o gesto ameaçador e o falar ofensivo,

 

Louvor a Vós, Ó Senhor, Rei de eterna glória

O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos

Louvor a Vós, Ó Senhor, Rei de eterna glória

No tempo de Quaresma também nos é pedido para jejuarmos, como escutámos na quarta-feira de Cinzas. Nos tempos do profeta – estamos na última parte do livro de Isaías, isto é, no período sucessivo ao exílio na Babilónia – o jejum era um acto solene e público que envolvia a comunidade. Por si só, o jejum exprimia o desejo e a procura de um povo que queria encontrar o seu Deus: “Dia após dia, eles parecem procurar-Me, mostram desejo de conhecer os meus caminhos”. No entanto, o profeta questiona se é possível um jejum, um acto de arrependimento e de reconciliação com o Senhor, sem a justiça, sem a misericórdia, sem o amor pelos pobres? É uma pergunta feita a todos nós no início deste tempo. Deus indica com clareza o jejum que Ele quer e que Ele aprecia. Faz isso em dois momentos. Em primeiro lugar, explica que não aprecia um jejum apenas exterior, ou melhor, é inútil, não desempenha a sua função, não reconcilia o homem com Deus. Depois, mostra qual é o jejum que quer. Seguem duas séries de acções compostas por três indicações e por uma conclusiva que resume as outras. As primeiras três são: “Acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos”. Trata-se de acções que exortam a libertarmo-nos da opressão, da escravidão e da submissão. O jugo era o sinal da escravidão e da opressão. A última acção resume as primeiras três: “despedaçar qualquer jugo”, isto é, não oprimir ninguém, não usar violência com ninguém, antes pelo contrário, empenhar-se em libertar os oprimidos. Seguem, depois outras três acções: “Repartir o pão com quem passa fome, hospedar em casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu”. Estamos diante de pessoas miseráveis e pobres, sem os meios necessários para viverem, desde a comida, à casa, à roupa. A tradução da última frase não é “não se fechar à sua própria gente”, quanto “não desviar os olhos da tua própria carne”. E quem são a tua própria carne? São aqueles que foram referidos antes, isto é, os esfomeados, os sem-abrigo, os nus. São estes “a tua própria carne”, são eles a verdadeira “tua gente”. Trata-se de uma afirmação extraordinária para o Antigo Testamento, que se tornará clara nos Evangelhos, a começar daquele lindíssimo trecho de Mateus quando Jesus Se identifica com “os menores dos meus irmãos”, os pobres (Mt 25, 31 ss). Será precisamente na prática deste jejum de nós mesmos que se expressa na solicitude e na solidariedade para com os oprimidos e os pobres que cada um de nós poderá ser luz para o mundo e será curado das suas feridas: “Então, a luz brilhará como a aurora, as tuas feridas vão sarar rapidamente”.

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