ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração da vigília
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Oração da vigília
Sábado, 21 de Fevereiro


Leitura da Palavra de Deus

Louvor a Vós, Ó Senhor, Rei de eterna glória

Todo o que vive e crê em mim
não morrerá jamais.

Louvor a Vós, Ó Senhor, Rei de eterna glória

Isaías 58,9b-14

se repartires o teu pão com o faminto
e matares a fome ao pobre,
a tua luz brilhará na tua escuridão,
e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio dia.

O Senhor te guiará constantemente,
saciará a tua alma no árido deserto,
dará vigor aos teus ossos.
Serás como um jardim bem regado,
como uma fonte de águas inesgotáveis.

Reconstruirás ruínas antigas,
levantarás sobre antigas fundações.
Serás chamado: «Reparador de brechas,
restaurador de casas em ruínas.»

Se te abstiveres de trabalhar ao sábado,
de te ocupares dos teus negócios no meu dia santo,
se chamares ao sábado a tua delícia,
consagrando-o à glória do Senhor;
se o solenizares, abstendo-te de viagens,
de procurares os teus interesses,
e de tratares os teus negócios,

então, encontrarás a tua felicidade no Senhor.
Far-te-ei desfilar sobre as alturas da terra,
alimentar-te-ei com a herança do teu pai Jacob.
É o próprio Senhor quem o diz!


 

Louvor a Vós, Ó Senhor, Rei de eterna glória

Se tu creres verás a glória de Deus
diz o Senhor.

Louvor a Vós, Ó Senhor, Rei de eterna glória

O trecho de Isaías continua a reflexão do jejum: qual é o jejum que Deus deseja que seja praticado? De novo, pede para libertar da opressão. Acrescenta ainda a exortação para tirar “o gesto que ameaça e linguagem injuriosa”, isto é, o julgamento malicioso e a má-língua, práticas muito difusas ainda hoje. O texto retoma uma afirmação dos versículos precedentes, onde se pedia para “repartir o pão com quem passa fome”, fazendo, no entanto, uma extraordinária transformação. Trata-se, como diz a actual tradução, de “abrir o coração de quem tem fome”. Melhor ainda: “abrir a ti mesmo – ou a tua alma – a quem tem fome”. Não se trata apenas de partilhar o alimento com quem tem fome, mas de partilharmos nós mesmos, a nossa própria vida. O jejum que Deus deseja, torna-se partilha da própria vida com os pobres. Esta escolha, que empenha pessoalmente, conduz a uma profunda transformação da própria existência. As consequências descritas nos versículos seguintes são claras: o Senhor conduzirá aquele que realizar esta conversão de si mesmo para os pobres, dar-lhe-á força, torná-lo-á “num jardim irrigado, como nascente onde nunca falta água”. O amor pelos pobres muda radicalmente a vida e torna ponto de referência para os outros, fonte de vida para o mundo. Mais ainda: “Chamar-te-ão reparador de brechas e restaurador de casa em ruínas, onde se possa morar”. Aquele que se entrega aos pobres, faz renascer uma cidade em ruínas, torna-a habitável, para que se realize nela aquele povo de “humildes e pobres” de que fala o profeta Sofonias. O texto acrescenta uma última exortação relativamente ao sábado, o dia do Senhor. Respeitá-lo permite viver plenamente quanto escutado até agora. De facto, existe uma profunda unidade entre recordar o Senhor no Seu dia e o amor pelos pobres. Sem a escuta da Palavra de Deus, sem recordar o Seu amor, cada um de nós estará preso pelo próprio ego e viverá uma religiosidade exterior, cheia de práticas sem um centro e um coração. O Senhor convida-nos, no tempo da Quaresma a viver com Ele, a recordar o Seu amor, para que possamos jejuar de nós mesmos e doar-nos aos outros, a começar pelos pobres.

PALAVRA DE DEUS TODOS OS DIAS: O CALENDÁRIO