ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração da Páscoa
Palavra de deus todos os dias

Oração da Páscoa

Memória de Maria de Cléofas que estava perto da Cruz do Senhor com as outras mulheres. Oração por todas as mulheres que, em todo o mundo, com coragem e na dificuldade, seguem o Senhor.
Recordação de Dietrich Bonhoeffer morto pelos nazistas no campo de concentração de Flossenburg.
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Libretto DEL GIORNO
Oração da Páscoa
Quinta-feira, 9 de Abril

Memória de Maria de Cléofas que estava perto da Cruz do Senhor com as outras mulheres. Oração por todas as mulheres que, em todo o mundo, com coragem e na dificuldade, seguem o Senhor.
Recordação de Dietrich Bonhoeffer morto pelos nazistas no campo de concentração de Flossenburg.


Leitura da Palavra de Deus

Aleluia aleluia, aleluia

Cristo ressuscitou dos mortos e não volta a morrer!
Ele vai à vossa frente para a Galileia!

Aleluia aleluia, aleluia

São Lucas 24,35-48

E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão. Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito. Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.» Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?» Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles. Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.» Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes:
«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia;

que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém.

Vós sois as testemunhas destas coisas.

 

Aleluia aleluia, aleluia

Cristo ressuscitou dos mortos e não volta a morrer!
Ele vai à vossa frente para a Galileia!

Aleluia aleluia, aleluia

O Evangelho da Missa de hoje leva-nos para o fim do dia da Páscoa, segundo a narração de Lucas. Os dois discípulos de Emaús acabaram de chegar ao cenáculo para contarem aos discípulos o que “tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando Ele partiu o pão”. Os apóstolos, de facto, ainda cheios de medo, permaneciam fechados no cenáculo. Para eles, era um lugar cheio de recordações, sem dúvidas mas, no entanto, corria o risco de permanecer um lugar, certamente protector mas, de qualquer modo, fechado. É uma tentação que todos conhecemos muito bem: de facto, quantas vezes fechamos as portas do coração, da casa, do grupo, da comunidade, da família, para ficarmos tranquilos ou com medo de perdermos alguma coisa! Mas o Ressuscitado continua a estar connosco, melhor ainda, a colocar-Se no centro e não à parte, como uma pessoa entre muitas, como uma palavra entre tantas. Entra e coloca-se no meio, como a Palavra que salva, que liberta de qualquer isolamento. As primeiras Palavras de Jesus depois da Ressurreição foram a saudação de paz: “A paz esteja convosco!”. Os discípulos, assustados e resignados, pensam que é um fantasma. Tinham também ouvido as mulheres que lhes tinham dito que tinham encontrado Jesus, vivo. Mas a distância que tinham posto entre eles e Jesus já nos primeiros dias da Paixão, tinha-lhes ofuscado a mente a tal ponto e endurecido tão fortemente o próprio coração que não conseguiam ultrapassar os próprios receios. O evangelista parece sugerir que a incredulidade atinge sempre os crentes cada vez que se afastam de Jesus e se deixam levar pelo medo por eles mesmos. Jesus, aparecendo no meio deles, diz-lhes logo: “A paz esteja convosco!”. É a primeira palavra do Ressuscitado. É verdade, o primeiro fruto da ressurreição é a paz. Claro, não a paz da própria tranquilidade, mas a que nasce do amor pelo próximo. A paz da Páscoa não bloqueia, antes pelo contrário, induz e com força, a sairmos de nós mesmos para irmos ao encontro do próximo. A paz pascal é uma energia nova de amor que investe o mundo. A Páscoa, mesmo se vivida por um pequeno grupo, ou melhor, no início apenas por algumas mulheres, é para todos, é para o mundo. Aos apóstolos tudo isso parece impossível. Jesus morreu definitivamente, a Sua Palavra foi apagada para sempre. Não acreditam no que Ele lhes tinha dito tantas vezes, isto é, que ressuscitaria depois da morte. Ficaram amedrontados ao vê-l’O. Pensam que Ele seja um fantasma. Jesus censura-os afectuosamente: “Porque estais perturbados?”. E repete o que tantas vezes lhes tinha dito no passado: os inimigos matá-l’O-iam mas Ele ressuscitaria. Quantas vezes, também nós ficamos cépticos perante as palavras de Jesus! Amiúde, pensamos que são fantasiosas, precisamente como um fantasma. O Evangelho, pelo contrário, cria uma realidade nova, uma comunidade nova, real, feita de pessoas que estavam dispersas e amedrontadas e que depois de escutarem o Evangelho se encontram de novo juntas numa nova fraternidade. Foi o que aconteceu também naquele dia com Jesus que Se pôs a comer com eles: continuava a vida dos anos anteriores àquela Páscoa. Aquele almoço reunia-os a Jesus. Agora, tinham a certeza que ficaria para sempre com eles. É o que sucede também a nós e aos discípulos de todos os tempos, sempre que nos dispomos à volta do altar do Senhor para partir o Seu corpo.

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