ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração da vigília
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Oração da vigília
Sábado, 20 de Junho


Leitura da Palavra de Deus

Aleluia aleluia, aleluia

Todo o que vive e crê em mim
não morrerá jamais.

Aleluia aleluia, aleluia

II Coríntios 12,1-10

É necessário que me glorie? Na verdade, não convém! Apesar disso, recorrerei às visões e revelações do Senhor. Sei de um homem, em Cristo, que, há catorze anos - ignoro se no corpo ou se fora do corpo, Deus o sabe! - foi arrebatado até ao terceiro céu. E sei que esse homem - ignoro se no corpo ou se fora do corpo, Deus o sabe! - foi arrebatado até ao paraíso e ouviu palavras inefáveis que não é permitido a um homem repetir. Desse homem gloriar-me-ei; mas de mim próprio não me hei-de gloriar, a não ser das minhas fraquezas. Decerto, se quisesse gloriar-me, não seria insensato, pois diria a verdade. Mas abstenho-me, não vá alguém formar de mim um juízo superior ao que vê em mim ou ouve dizer de mim. E porque essas revelações eram extraordinárias, para que não me enchesse de orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás, para me ferir, a fim de que não me orgulhasse. A esse respeito, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Mas Ele respondeu-me: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.»
De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo.

Por isso me comprazo nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte.

 

Aleluia aleluia, aleluia

Se tu creres verás a glória de Deus
diz o Senhor.

Aleluia aleluia, aleluia

Paulo inicia a segunda parte do seu discurso de defesa. Se no trecho anterior falou dos seus privilégios de pertença étnico-religiosa e se pôde expor a longa lista dos sofrimentos enfrentados pelo Evangelho, agora menciona o próprio fulcro da sua paixão missionária. É uma passagem crucial da carta. Paulo revela, sem delinear os conteúdos que nem sequer ele compreendeu até ao fundo, uma experiência espiritual extraordinária. É singular que o apóstolo não fale aqui na primeira pessoa, mas de “um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado - se no corpo ou fora do corpo não sei; Deus o sabe! – ao terceiro céu” (v. 2). Não descreve nos pormenores, a experiência que teve. O que aparece claro é que o apóstolo foi como que expropriado de si mesmo. Já não é o eu que fala mas, precisamente, “um homem em Cristo”. O encontro misterioso com Jesus transformou-o profundamente. Noutro lado dirá: “Não sou eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). O cristão está, precisamente neste caminho, o da identificação em Cristo. É um itinerário espiritual que continua durante toda a nossa vida. Mas é a única estrada para chegar à sua plenitude. A vida plena e salva, não é outra coisa senão a comunhão com Cristo. E é a este ponto, que o apóstolo divide a sua defesa. Gaba-se deste homem que se deixou apanhar por Cristo, mas “quanto a mim, só vou gabar-me das minhas fraquezas” (v. 5). E o apóstolo revela aos Coríntios uma experiência pessoal de fraqueza, que o debilitou bastante fisicamente: o “espinho” (ou melhor um “pau”) na “carne”. Não sabemos bem a que o apóstolo se referia, no entanto, as consequências deveriam ser duras, tanto é que por três vezes pediu ao Senhor para ser libertado. Paulo, porém, recebe de Deus a resposta que lhe permite edificar a sua vida não por cima da própria sabedoria e sobre a sua força, mas na potência que provém do Senhor: “Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que a força manifesta todo o seu poder” (v. 9). O apóstolo descobre que é precisamente na fraqueza da sua vida colocada ao serviço do Evangelho que se manifestou a força do Senhor. É uma grande lição espiritual e pastoral, muitas vezes, infelizmente, totalmente desatendida. Muitas vezes, na nossa vida, a fraqueza e as dificuldades tornam-se num motivo para recuarmos perante o Evangelho ou, então, são uma justificação para não nos empenharmos. Mas é, precisamente, na fraqueza que o discípulo descobre a força extraordinária do Senhor e da Sua graça. É, de facto, na escassez dos nossos meios, na fraqueza das nossas possibilidades, que podemos experimentar a força da fé. Mesmo se é pequena como um grãozinho de mostarda, faz milagres até desloca as montanhas. Juntamente com o apóstolo, e cada vez mais, deveríamos dizer: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (v.10).

PALAVRA DE DEUS TODOS OS DIAS: O CALENDÁRIO