Memória da beata Madre Teresa de Calcutá. Leia mais
Memória da beata Madre Teresa de Calcutá.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Todo o que vive e crê em mim
não morrerá jamais.
Aleluia aleluia, aleluia
Colossenses 1,21-23
Também a vós, que outrora andáveis afastados e éreis inimigos, com sentimentos expressos em acções perversas, agora Cristo reconciliou-vos no seu corpo carnal, pela sua morte, para vos apresentar santos, imaculados e irrepreensíveis diante dele, desde que permaneçais sólidos e firmes na fé, sem vos deixardes afastar da esperança do Evangelho que ouvistes; ele foi anunciado a toda a criatura que há debaixo do céu e foi dele que eu, Paulo, me tornei servidor.
Aleluia aleluia, aleluia
Se tu creres verás a glória de Deus
diz o Senhor.
Aleluia aleluia, aleluia
A reconciliação entre as criaturas não é uma doutrina abstracta, mas é uma realidade que se substanciou a partir de Jesus. E a comunidade cristã é o lugar onde essa reconciliação se torna visível desde já. Paulo escreve isso aos cristãos de Colossos exortando-os a não se esquecerem da condição deles antes da conversão, isto é, quando eram estrangeiros e, como bárbaros, dedicavam-se ao culto dos ídolos vivendo longe do povo da Aliança e, portanto, de Deus. O afastamento de Deus, ainda antes do resultado de acções pecaminosas, é a persistência numa vida fechada em si mesmo. O apóstolo escreve aos Colossenses para que entendam a novidade radical que o Evangelho possui na vida do homem. Trata-se de um verdadeiro renascimento, que os autores sagrados não hesitam em chamar “nova Criação”. A salvação trazida pelo Evangelho não é, portanto, uma teoria filosófica alicerçada sobre raciocínios vãos. Ela está radicada na morte de uma pessoa concreta, de um “corpo de carne”: Jesus. E da Sua morte, renasce uma vida nova. Na verdade, o Filho, para obter a reconciliação, humilhou-Se até Se tornar solidário em tudo (menos no pecado) com a condição humana de afastamento de Deus. Os crentes que O acolheram tornaram-se também eles mesmos, santos, sem mancha e irrepreensíveis como o é o Filho. E são chamados a viver dignamente esta vocação. De facto, uma vez acolhido o Evangelho, é preciso permanecer-Lhe fiel até ao fim. O apóstolo recorda aos Colossenses, e também aos crentes de hoje, que o Evangelho foi anunciado “a toda a criatura que vive debaixo do céu”, isto é, foi proclamado nas várias culturas do mundo conhecido e em todas as camadas sociais. Esta garantia de universalidade é uma força preciosa em qualquer altura, mas é-o particularmente neste tempo em que parecem renascer particularismos e egocentrismos que fomentam ódios e conflitos. O Evangelho de Cristo opera para recolher todos na única família de Deus.