ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração pelos doentes
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Oração pelos doentes
Segunda-feira, 5 de Outubro


Leitura da Palavra de Deus

Aleluia aleluia, aleluia

Eis o Evangelho dos pobres, a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos, a libertação dos oprimidos

Aleluia aleluia, aleluia

Jonas 1,1-2,1.11

A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amitai, nestes termos: «Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia-lhe que a sua maldade subiu até à minha presença.» Jonas pôs-se a caminho, mas na direcção de Társis, fugindo da presença do Senhor. Desceu a Jafa, onde encontrou um navio que partia para Társis; pagou a sua passagem e embarcou nele para ir com os outros passageiros a Társis, longe da presença do Senhor. Porém, o Senhor fez vir sobre o mar um vento impetuoso, e levantou no mar uma tão grande tempestade que a embarcação ameaçava despedaçar-se. Cheios de medo, os marinheiros puseram-se a invocar cada um o seu deus e alijaram ao mar toda a carga do navio para, assim, o aliviar.
Entretanto Jonas tinha descido ao porão do navio e, deitando-se ali, dormia profundamente.

O capitão do navio foi ter com ele e disse-lhe: «Dormes? Que fazes aqui? Levanta-te, invoca o teu Deus, a ver se porventura se lembra de nós e nos livra da morte.» Em seguida disseram uns para os outros: «Vinde e deitemos sortes, para sabermos quem é a causa deste mal.» Lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. Disseram-lhe então: «Diz-nos porque nos aconteceu este mal. Qual é a tua profissão? Donde vens? Qual a tua terra e a que povo pertences?» Ele respondeu-lhes: «Sou hebreu e adoro o Senhor, Deus do céu, que fez os mares e a terra.» Então, aqueles homens ficaram possuídos de grande medo, e disseram-lhe: «Porque fizeste isto?» Com efeito, compreenderam, ao ouvir a confissão de Jonas, que ele fugia do Senhor. Disseram-lhe: «Que te havemos de fazer para que o mar se nos acalme?» De facto, o mar estava cada vez mais embravecido. Ele respondeu-lhes: «Pegai em mim e lançai-me ao mar, e o mar se acalmará, porque por minha causa é que vos sobreveio esta grande tempestade.» Os homens remavam para ver se conseguiam ganhar a terra, mas em vão, porque o mar cada vez se embravecia mais contra eles. Então clamaram ao Senhor, dizendo:
«Senhor, não nos faças perecer por causa da vida deste homem, nem nos tornes responsáveis do sangue inocente, porque Tu, ó Senhor, fizeste como foi do teu agrado.»

Depois pegaram em Jonas e lançaram-no ao mar; e a fúria do mar acalmou-se. Então, estes homens temeram o Senhor; ofereceram um sacrifício ao Senhor e fizeram-lhe votos.


O Senhor fez com que ali aparecesse um grande peixe para engolir Jonas; e Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe. Então, o Senhor ordenou ao peixe e este vomitou Jonas em terra firme.


 

Aleluia aleluia, aleluia

O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos

Aleluia aleluia, aleluia

Deve ter parecido paradoxal a Jonas aquela palavra que Deus lhe tinha dirigido. Como é que poderia ir a Nínive, capital do grande e poderoso império dos Assírios, que tinha destruído em 721 a.C. o reino de Israel e deportado muitos dos seus habitantes, cidade imensa aos seus olhos? Como é que aqueles acérrimos inimigos de Israel haveriam de escutar a sua palavra? O profeta não tem dúvidas: aqueles inimigos tão violentos não podem escutar a sua humilde pregação. Isto é, Jonas, tem bons motivos para fugir ao mandamento de Deus e ir para o extremo oposto de Nínive. Que diferença com Abraão que obedece imediatamente ao chamamento de Deus, apesar de não só não ter compreendido tudo, mas também nem sequer sabe o que lhe espera. Jonas compreende o chamamento, mas tem medo e foge. A sua fuga, no entanto, transforma-se em tragédia para si e para os desafortunados marinheiros daquele navio que, paradoxalmente, invocam aquele Senhor que eles não conheciam e de quem ele fugia. O problema de Jonas era o de ter de ir para além dos confins da sua rotina, para além dos ambientes que lhe eram familiares, para além das terras que, provavelmente, conhecia de memória. O chamamento de Deus era para ir além. Podemos ler este chamamento de Jonas dirigido também a nós, como o Papa Francisco nos exorta a ir para as periferias geográficas e existenciais das grandes cidade contemporâneas. Como é possível não pensar no receio de irmos ao encontro de um mundo complexo que, ainda por cima, conhecemos pouco? Enfim, a resistência de Jonas é-nos, deveras, familiar. E decerto, também é compreensível o receio. Mas este receio não nos fecha só a nós nos nossos horizontes, mas bloqueia – e isso é dramático – o próprio percurso da Palavra de Deus. E o anúncio do Evangelho corre o risco de ficar prisioneiro do próprio mundo, do próprio grupo, da própria etnia, do próprio povo. Jonas, finalmente, acolhe o convite de Deus para ir à grande cidade. Não só evita o naufrágio, engolido pela força do mal, mas permite à Palavra de Deus de operar e de transformar a grande Nínive. É um exemplo para todos nós. Incumbe sobre todos o chamamento do Senhor para irmos para as periferias.

PALAVRA DE DEUS TODOS OS DIAS: O CALENDÁRIO