Na Basílica de Santa Maria in Trastevere, reza-se pela paz.
Memória de São Romualdo (+1027), anacoreta e pai dos monges camaldulenses.
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Na Basílica de Santa Maria in Trastevere, reza-se pela paz.
Memória de São Romualdo (+1027), anacoreta e pai dos monges camaldulenses.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Eis o Evangelho dos pobres, a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos, a libertação dos oprimidos
Aleluia aleluia, aleluia
Salmo 97 (98), 1-4
1 Cantai ao Senhor um cântico novo,
pois Ele fez maravilhas.
A sua direita e o seu braço santo
Lhe deram a vitória.
2 O Senhor fez conhecer a sua vitória,
revelou a sua justiça às nações.
3 Lembrou-Se do seu amor e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra contemplaram
a vitória do nosso Deus.
4 Terra inteira, aclama ao Senhor
e dá gritos de alegria!
Aleluia aleluia, aleluia
O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos
Aleluia aleluia, aleluia
A liturgia faz-nos rezar mais uma vez com o Salmo 97. É um dos salmos propostos com mais frequência nas liturgias quotidianas deste ano. O salmista, perante a vitória definitiva de Deus sobre o mal, exorta os crentes a cantarem um cântico “novo”. Já não são suficientes as palavras passadas. Agora, a realeza de Deus estabeleceu-se sobre a Terra. Isaías parece fazer eco a estas palavras: “O Senhor canta o profeta arregaçou a manga do seu braço santo diante de todas as nações; todos os confins da Terra verão a salvação do nosso Deus” (52, 12). Sabemos bem que o mal trabalha ainda com violência na história humana. No entanto, na sensibilidade evangélica, podemos dizer que o “Reino de Deus” já se estabeleceu. O Senhor, com a Sua direita, derrotou o Mal. Com a morte e ressurreição de Jesus, o Mal perdeu o seu poder. Por isso, apesar de ainda estar presente na vida humana está, de qualquer modo, derrotado. Portanto, podemos fazer nossas as exortações prementes do salmista: cantai, gritai, aclamai, tocai, aplaudi. Se o salmista se inspirou provavelmente numa grande vitória de Israel, nós cantamos pela definitiva vitória de Jesus. Vem-nos à cabeça o canto que o Apocalipse refere pela vitória do Senhor: “Ouvi uma voz que vinha do Céu; parecia o barulho de águas torrenciais e o estrondo de um forte trovão. O barulho que ouvi era como o som de músicos a tocar harpa. Estavam diante do trono, dos quatro Seres vivos e dos Anciãos e cantavam um cântico novo. Era um cântico que ninguém podia aprender; só os 144.000 marcados que foram resgatados da Terra” (Ap 14, 2-3). Na linguagem típica do texto bíblico, podemos entrever o cântico da assembleia dos crentes que celebra a Sagrada Liturgia. Nela, o Céu e a Terra se unem no único louvor ao Senhor que derrotou o Mal e nos tornou partícipes da Sua cidade, do Seu povo. O salmista exorta a recordar o que Deus fez por nós e por todos: revelou a Sua justiça aos povos e todos os confins da Terra puderam ver a salvação que Ele veio dar. De verdade, o Senhor obteve uma grande vitória, manifestou a Sua salvação, revelou a Sua justiça, recordou-Se do Seu amor e, agora, vem julgar a Terra com justiça. Mas a justiça de Deus chama-se misericórdia, chama-se salvação, é um amor que salva sem nenhum limite. Por isso, também nós podemos cantar com o salmista: “Terra inteira, aclama o Senhor e dá gritos de alegria!” (v. 4).