Memória de Santo António abade (? 356). Seguiu o Senhor no deserto egípcio e foi pai de muitos monges. Dia de reflexão sobre as relações entre hebraísmo e cristianismo. Leia mais
Memória de Santo António abade (? 356). Seguiu o Senhor no deserto egípcio e foi pai de muitos monges. Dia de reflexão sobre as relações entre hebraísmo e cristianismo.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Vós sois uma geração escolhida
um sacerdócio real, uma nação santa,
povo resgatado por Deus
para proclamar as suas maravilhas.
Aleluia aleluia, aleluia
São Marcos 3,1-6
Novamente entrou na sinagoga. E estava lá um homem que tinha uma das mãos paralisada. Ora eles observavam-no, para ver se iria curá-lo ao sábado, a fim de o poderem acusar. Jesus disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e vem para o meio.» E a eles perguntou: «É permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou matá-la?» Eles ficaram calados. Então, olhando-os com indignação e magoado com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão.» Estendeu-a, e a mão ficou curada. Assim que saíram, os fariseus reuniram-se com os partidários de Herodes para deliberar como haviam de matar Jesus.
Aleluia aleluia, aleluia
Vós sereis santos,
porque Eu sou santo, diz o Senhor.
Aleluia aleluia, aleluia
É sábado e Jesus, como de costume, vai à sinagoga para a oração. Aí encontra um homem com uma grave deficiência no braço. Um Evangelho apócrifo, o segundo os Hebreus, coloca na boca deste homem a seguinte prece: "Eu era um pedreiro e ganhava a vida com o trabalho das minhas mão; ó Jesus peço-Te que me cures para que eu não deva mendigar vergonhosamente o meu pão". Estas palavras fazem-nos recordar os numerosíssimos operários que sofrem acidentes no trabalho e que ficam marcados para o resto da vida. É uma chaga que requer maior atenção por parte de todos, para evitar que o lugar de trabalho se transforme num lugar de feridas e, às vezes, também de morte. Jesus, mal vê este homem com a mão ferida, comove-Se. Sucede sempre quando Se encontra com os doentes e os humildes. Pelo contrário, os fariseus, a quem não interessa absolutamente a deficiência daquele homem, intuíram, no entanto, que algo estava para acontecer. Jesus nunca fica inerme perante o sofrimento das pessoas. Ele sabe que deve realizar a vontade do Pai e dirige-Se àquele homem e ordena-lhe: "Estende a mão!". Aquele homem obedece à palavra de Jesus e estende a sua mão. Fica curado. A obediência ao Evangelho leva sempre à cura, faz reconquistar o que o pecado ou a nossa fragilidade nos fez perder. De resto, Jesus veio para que os homens deixem de ser escravos do mal e participem no novo horizonte de Deus que é a plenitude de vida. Aquele homem fica curado e pode regressar à vida de todos os dias. A cura não se processa para ficarmos prisioneiros de nós mesmos - a mão paralisada significa também usar a mão só para si mesmos - mas para nos pormos ao serviço do próximo, do bem comum de todos. A mão é curada, precisamente, "para dar uma mão" - como se costuma dizer - a quem precisa. Por isso, Jesus não viola o sábado, como acusam os fariseus. Com esta cura, o verdadeiro "sábado" (isto é, o dia de Deus) irrompe na vida dos homens: a Criação alcança, naquele homem, a Sua realização. Sempre que a misericórdia e a salvação de Deus tocam a vida dos homens, cumpre-se o "sábado" de Deus: a festa do amor e da plenitude da vida.
