Memória de São Maximiliano Kolbe, padre mártir do amor, que em 1941 aceitou morrer no campo de concentração de Auschwitz para salvar a vida de um outro homem. Leia mais
Memória de São Maximiliano Kolbe, padre mártir do amor, que em 1941 aceitou morrer no campo de concentração de Auschwitz para salvar a vida de um outro homem.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
O Espírito Santo virá sobre ti
Aquele que nascer de ti será santo.
Aleluia aleluia, aleluia
São Mateus 18,1-5.10.12-14
Naquele momento, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: «Quem é o maior no Reino do Céu?» Ele chamou um menino, colocou-o no meio deles e disse: «Em verdade vos digo: Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu. Quem, pois, se fizer humilde como este menino será o maior no Reino do Céu. Quem receber um menino como este, em meu nome, é a mim que recebe.» «Livrai-vos de desprezar um só destes pequeninos, pois digo-vos que os seus anjos, no Céu, vêem constantemente a face de meu Pai que está no Céu. Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove no monte, para ir à procura da tresmalhada? E, se chegar a encontrá-la, em verdade vos digo: alegra-se mais com ela do que com as noventa e nove que não se tresmalharam. Assim também é da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos.»
Aleluia aleluia, aleluia
Eis, Senhor, os vossos servos:
Faça-se em nós segundo a vossa palavra
Aleluia aleluia, aleluia
Jesus apresta-Se a subir a Jerusalém onde a morte e a ressurreição O esperam. O evangelista anota que "naquele momento os discípulos aproximaram-se de Jesus" para Lhe perguntar: "Quem é o maior no Reino do Céu?". É uma pergunta que manifesta a distância deles do Mestre. O trecho paralelo de Marcos (9, 33 ss) reporta a mesma cena: é uma situação que se repete ainda hoje entre os discípulos: quantas vezes nos esquecemos do Evangelho porque estamos preocupados só por nós mesmos ou com as nossas primazias! Jesus apanhou uma criança e pô-la "no meio", no centro da cena e virando-Se para os discípulos disse: "Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças nunca entrareis no Reino do Céu". Com estas palavras inicia o quarto longo discurso de Jesus aos discípulos e é uma esplêndida reflexão sobre a vida da comunidade cristã. Já o início é paradoxal: o discípulo não é como um adulto, um homem maduro, como poderíamos pensar, mas uma criança, um pequeno necessitado de ajuda, de apoio, um filho. O discípulo é um filho que deve permanecer sempre tal, isto é, necessitado de ajuda, para ser protegido, acompanhado. Só quem é filho é que também pode ser pai na comunidade dos crentes. No Reino de Deus é-se sempre e de qualquer modo filhos. E Jesus admoesta os que desprezam os discípulos, os pequenos: os seus anjos estão sempre na presença de Deus. Isto é, Deus protege-os. E é nesta sequência que se enquadra a extraordinária parábola da ovelha perdida que Jesus narra para mostrar a qualidade do amor de Deus para com os Seus filhos. Ele faz o impossível para que nenhum dos Seus pequeninos se perca. É uma dimensão que deveria voltar a ser mais evidente nas comunidades cristãs: antes de mais, deveriam estar as preocupações da salvação dos irmãos e das irmãs. Dantes, dizia-se que a primeira função dos padres, mas diria também de toda a comunidade cristã, era a "salvação das almas". Deve voltar a ser assim, porque também esta é a preocupação de Deus.