Oração pela unidade dos cristãos. Memória particular das Igrejas e comunidades eclesiásticas protestantes (luteranas, reformadas, metodistas, baptistas, pentecostais e evangélicas). Leia mais
Oração pela unidade dos cristãos. Memória particular das Igrejas e comunidades eclesiásticas protestantes (luteranas, reformadas, metodistas, baptistas, pentecostais e evangélicas).
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
O Espírito Santo virá sobre ti
Aquele que nascer de ti será santo.
Aleluia aleluia, aleluia
Hebreus 6,10-20
De facto, Deus não é injusto, para esquecer as vossas obras e o amor que mostrastes pelo seu nome, pondo-vos ao serviço dos santos e servindo-os ainda agora. Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo para a plena realização da sua esperança até ao fim, de modo que não vos torneis preguiçosos, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela perseverança, se tornam herdeiros das promessas. Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Na verdade, Eu te abençoarei e multiplicarei a tua descendência. E assim, Abraão, tendo esperado com paciência, alcançou a promessa. Ora, os homens juram por alguém maior do que eles, e o juramento é para eles uma garantia que põe fim a toda a controvérsia. Por isso, querendo Deus mostrar mais claramente aos herdeiros da promessa que a sua decisão era imutável, interveio com um juramento, para que, graças a duas acções imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, encontrássemos grande estímulo, nós os que procurámos refúgio nele, agarrando-nos à esperança proposta. Nessa esperança temos como que uma âncora segura e firme da alma, que penetra até ao interior do véu onde Jesus entrou como nosso precursor, tornando-se Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.
Aleluia aleluia, aleluia
Eis, Senhor, os vossos servos:
Faça-se em nós segundo a vossa palavra
Aleluia aleluia, aleluia
Neste trecho, o autor da Carta, pretende exortar os cristãos a crescerem na compreensão do mistério de Cristo. Apesar da preguiça deles na escuta, o autor induz a nutrirem-se de um alimento mais substancioso. Coloca de parte as "instruções elementares sobre Cristo" que identifica na "conversão das obras mortas". Mas, é necessário um conhecimento mais profundo, mais perfeito. O autor dirige-se, portanto, aos cristãos e, com o rigor do pastor, pergunta como é que apesar de terem provado o dom de Deus e experimentado a sabedoria da Palavra, correm agora o risco de rejeitarem tudo. Parece-lhe impossível que possam regressar à vida passada, àquela antes da conversão ao Evangelho; isso significaria renegar Cristo, como se O crucificassem outra vez. Pelo contrário, o autor quer exortá-los a não pararem no caminho da perfeição e a disporem-se na escuta contínua da Palavra de Deus. O discípulo nunca se pode exonerar da escuta do Evangelho e, portanto, do esforço da transformação do próprio coração. O autor auspicia que todos os crentes, até mesmo os mais preguiçosos, sejam como aquela terra "embebida" pela chuva abundante e que dá copiosos frutos de santidade. Aqueles que, pelo contrário, endurecem o coração tornam-se numa terra maldita que produzirá apenas "espinhos e ervas daninhas". Para eles, não resta outra coisa senão o fogo destruidor de um tremendo julgamento. Mas o autor - para reforçar a esperança dos cristãos - acena também, às obras da fé e do amor que eles levaram a cumprimento: "Deus não é injusto para esquecer o trabalho e o amor que demonstrais pelo seu Nome" e, obviamente, não deixará de dar a Sua ajuda. O crente tem diante de si Abraão que acreditou na promessa do Senhor feita com um juramento solene, e que se tornou no herdeiro, apesar de uma longa e perseverante espera. E Jesus é ainda mais do que Abraão: entrou "até ao outro lado da cortina do santuário", tornando-se assim, para nós no sumo sacerdote "segundo a ordem do sacerdócio de Melquisedec".