ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração do Dia do Senhor
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Oração do Dia do Senhor
Domingo, 24 de Fevereiro

VII do tempo comum


Primeira Leitura

I Samuel 26,2.7-9.12-13

Saul desceu ao deserto de Zif com três mil homens, escolhidos entre todo o Israel, para ir em busca de David, pelo deserto de Zif. David e Abisai penetraram, pois, durante a noite, no meio das tropas. Saul dormia no acampamento, tendo a lança cravada no chão, à cabeceira. Abner e seus homens dormiam à volta dele. Abisai disse a David: «Deus entregou hoje nas tuas mãos o teu inimigo; agora, pois, deixa-me que o crave na terra com a lança, de um só golpe. Não falharei à primeira.» Respondeu David: «Não o mates. Quem poderia, sem pecado, estender a mão contra o ungido do Senhor?» David apanhou a lança e a bilha de água que estavam à cabeceira de Saul, e retiraram-se. Ninguém viu ou sentiu nem se moveu, pois todos dormiam um sono profundo, que o Senhor lhes tinha enviado. David passou para o outro lado e parou ao longe, no cimo da colina, a grande distância.

Salmo responsorial

Salmo 102 (103)

De David.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e todo o meu ser louve o seu nome santo.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

É Ele quem perdoa as tuas culpas
e cura todas as tuas enfermidades.

É Ele quem resgata a tua vida do túmulo
e te enche de graça e de ternura.

É Ele quem cumula de bens a tua existência
e te rejuvenesce como a águia.

O Senhor defende, com justiça,
o direito de todos os oprimidos.

Revelou os seus caminhos a Moisés
e as suas maravilhas aos filhos de Israel.

O Senhor é misericordioso e compassivo,
é paciente e cheio de amor.

Não está sempre a repreender-nos,
nem a sua ira dura para sempre.

Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.

Como é grande a distância dos céus à terra,
assim são grandes os seus favores para os que o temem.

Como o Oriente está afastado do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.

Como um pai se compadece dos filhos,
assim o Senhor se compadece dos que o temem.

Na verdade, Ele sabe de que somos formados;
não se esquece de que somos pó da terra.

Os dias dos seres humanos são como a erva:
brota como a flor do campo,

mas, quando sopra o vento sobre ela,
deixa de existir e não se conhece mais o seu lugar.

Mas o amor do Senhor é eterno para os que o temem
e a sua justiça chega até aos filhos dos seus filhos,

para os que guardam a sua aliança
e se lembram de cumprir os seus preceitos.

O Senhor estabeleceu nos céus o seu trono
e o seu reino estende-se a tudo o que existe.

Bendizei o Senhor, todos os seus anjos,
poderosos mensageiros, que cumpris as suas ordens,
sempre dóceis à sua palavra.

Bendizei o Senhor, todo o seu exército de astros,
que sois seus servos e executores da sua vontade.

Bendizei o Senhor, todas as suas obras,
em todos os lugares do seu domínio.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor!

Segunda Leitura

I Coríntios 15,45-49

Assim está escrito: o primeiro homem, Adão, foi feito um ser vivente e o último Adão, um espírito que vivifica. Mas o primeiro não foi o espiritual, mas o terreno; o espiritual vem depois. O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo vem do céu. Tal como era o terrestre, assim são também os terrestres; tal como era o celeste, assim são também os celestes. E assim como trouxemos a imagem do homem da terra, assim levaremos também a imagem do homem celeste.

Leitura do Evangelho

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

São Lucas 6,27-38

«Digo-vos, porém, a vós que me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam. A quem te bater numa das faces, oferece-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, não impeças de levar também a túnica. Dá a todo aquele que te pede e, a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames. O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então, a vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.» «Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco.»

 

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

Homilia

O Evangelho segue o discurso das bem-aventuranças. Jesus, com autoridade, diz: "amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. Desejai o bem aos que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam". São palavras que ecoam ainda hoje alheias ao sentimento comum. Como é possível amar o próprio inimigo e fazer o bem aos que nos odeiam? Se há uma coisa clara no mundo é, precisamente, a divisão entre amigos e inimigos: os primeiros são beneficiados (também porque esperamos o mesmo deles), os segundos, na melhor das hipóteses, são ignorados. Tudo isso vale tanto na vida de cada pessoa como na dos grupos ou das nações. Mas Jesus não fica por aí. E acrescenta: "Se alguém vos bater numa face, oferecei-lhe também a outra; se alguém vos leva a capa, deixai que leve também a túnica". E, instintivamente, comentamos: "é uma das muitas afirmações irrealizáveis do Evangelho!" Com efeito, achamos de todo impossível pô-las em prática. Todos experimentamos o quão é difícil perdoar a quem nos fez alguma afronta. Quanto é ainda mais difícil perdoar a quem se apresenta como nosso inimigo! Um Evangelho que pede não só para perdoar as ofensas, mas que chega ao ponto de pretender o amor pelos inimigos, é demasiado alheio à vida. Certo, não há dúvida que é diferente do mundo, mas não é alheio à vida. Ou melhor, estas palavras nunca soaram tão actuais como no nosso tempo. Raramente uma sociedade necessita delas, como a nossa. Ela foi construída e continua a solidificar-se sobre a lei férrea da competitividade: só tem valor aquilo que é competitivo. Mas a competição traz consigo, inevitavelmente, a contraposição ao outro que é visto como concorrente, ou melhor, como inimigo. O Evangelho quer eliminar de raiz esta lógica do inimigo. Uma lógica terrível que subentende a toda a violência e a toda a guerra. Por isso, as palavras de Jesus são tudo menos que desumanas. Quanto muito, é desumana a vida que normalmente todos fazemos, baseada na lógica da contraposição. Estão perante os nossos olhos os frutos amargos que nascem da recusa em oferecer a outra face e de amar os inimigos. A Jesus falta uma categoria fundamental que todos temos, isto é, a ideia da vitória sobre os outros, custe o que custar. Ele não quer derrotar ninguém; não considera ninguém Seu inimigo e nunca aceitou a cultura da competitividade. Para nós, vencer é uma obsessão. Quantas vidas foram sacrificadas no altar da competição! Para Jesus, não existe inimigo e, portanto, não existe a ideia de vencer. Vencer quem? Jesus não odeia e nem despreza. A única grande lei, para Ele, é a misericórdia: "Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso". E é profundamente sábia a norma que segue: "Tudo o que desejais que os outros vos façam, fazei-o também a eles". É o segredo do mundo que Jesus nos propõe: um mundo menos violento e menos frustrante do que aquele em que estamos habituados a viver.

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