ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração do Dia do Senhor
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Oração do Dia do Senhor
Domingo, 12 de Julho

XV do tempo comum


Primeira Leitura

Isaías 55,10-11

Assim como a chuva e a neve descem do céu,
e não voltam mais para lá,
senão depois de empapar a terra,
de a fecundar e fazer germinar,
para que dê semente ao semeador e pão para comer,

o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca:
não voltará para mim vazia,
sem ter realizado a minha vontade
e sem cumprir a sua missão.

Salmo responsorial

Salmo 64 (65)

Ao director do coro. Salmo de David. Cântico.

A ti, ó Deus, é devido o louvor em Sião,
e em tua honra se cumprem as promessas.

Tu escutas a nossa oração
e todo o mortal se pode aproximar de ti,

com as suas obras e pecados.
São muitas as nossas faltas,
mas Tu as perdoas.

Feliz daquele que Tu escolhes e atrais
para viver nos teus átrios.
Seremos saciados com os bens da tua casa,
no teu santo templo.

Tu nos respondes com prodígios de justiça,
ó Deus, nosso salvador,
esperança dos confins da terra
e dos mares mais distantes.

Tu dás firmeza às montanhas com a tua força,
revestido de poder.

Tu acalmas o bramido dos mares,
a fúria das ondas e o tumulto dos povos.

Até os que habitam nos confins da terra
tremem perante os teus prodígios;
de oriente a ocidente aclamam, em gritos de alegria.

Cuidaste da terra e tornaste-a fértil,
cumulando-a de riquezas.
Enches, a transbordar, os rios caudalosos
e fazes brotar o trigo;
assim preparas a terra.

Regas os seus sulcos e aplanas as leivas;
amoleces a terra com chuvas abundantes
e abençoas as suas sementeiras.

Coroas o ano com os teus benefícios;
por onde passas, brota a abundância.

Vicejam as pastagens do deserto,
as colinas vestem-se de festa.

Os campos cobrem-se de rebanhos
e os vales enchem-se de trigais.
Tudo aclama e grita de alegria.

Segunda Leitura

Romanos 8,18-23

Estou convencido de que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há-de revelar-se em nós. Pois até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus. De facto, a criação foi sujeita à destruição - não voluntariamente, mas por disposição daquele que a sujeitou - na esperança de que também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus. Bem sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente. Não só ela. Também nós, que possuímos as primícias do Espírito, nós próprios gememos no nosso íntimo, aguardando a adopção filial, a libertação do nosso corpo.

Leitura do Evangelho

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

São Mateus 13,1-23

Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia. Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram. Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas. Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta. Aquele que tiver ouvidos, oiça!» Aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-lhe: «Porque lhes falas em parábolas?» Respondendo, disse-lhes:
«A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado.

Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado.

É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender. Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz:
Ouvindo, ouvireis,
mas não compreendereis;
e, vendo, vereis,
mas não percebereis.

Porque o coração deste povo tornou-se duro,
e duros também os seus ouvidos;
fecharam os olhos,
não fossem ver com os olhos,
ouvir com os ouvidos,
compreender com o coração,
e converter-se,
para Eu os curar.

Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.

Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.» «Escutai, pois, a parábola do semeador. Quando um homem ouve a palavra do Reino e não compreende, chega o maligno e apodera-se do que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente à beira do caminho. Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe, de momento, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, é inconstante: se vier a tribulação ou a perseguição, por causa da palavra, sucumbe logo. Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que, por isso, não produz fruto. E aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende: esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta.»

 

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

Homilia

Há uma multidão à volta de Jesus e é tão numerosa que O obriga a subir para uma barca, provavelmente também ela de propriedade de Pedro. Dali fala longamente à multidão. Mateus narra a primeira das sete parábolas que constituem uma inteira secção do seu Evangelho. É a parábola do semeador. Jesus inicia dizendo que o semeador sai para semear. E semeia sem medida, para todo o lado, em todo o terreno, apesar de apenas uma quarta parte da semente atirada produzirá frutos. E Jesus chamará a atenção a esse facto. Demonstra claramente uma generosidade surpreendente que não calcula o desperdício. É típico daquele semeador ter confiança em todos os terrenos, mesmo naqueles que se parecem mais com uma estrada ou um amontoado de pedras ou terrenos incultos, do que uma terra arada e pronta para a sementeira. O semeador espera que também nesses terrenos a semente possa criar raízes. É uma página que nos leva a pensar sobre a urgência da missão evangélica que o Papa Francisco repropõe. Assim como Jesus faz "sair" o semeador, também hoje o Papa exorta toda a Igreja a sair para semear, para sermos generosos na sementeira imitando Jesus que atira a semente em todos os terrenos, mesmo nos mais difíceis, os periféricos onde o terreno parece mais pedregoso, mais impérvio, mais resistente, descartado. Para Jesus - que é "o" semeador - exemplo de qualquer sementeira, qualquer terreno é importante: não existe nenhum terreno que não seja digno de receber a semente, que não seja digno de atenção, nenhuma parte deve ser descartada, mesmo a mais afastada. A urgência da missão nasce da necessidade que todos têm do Evangelho, sabendo que outros semeadores espalham sementes de violência, de conflito. Há nesta página evangélica uma urgência missionária que interpela os discípulos de hoje. E, também nós. E podemos vê-lo na segunda parte da parábola. Muito provavelmente à noite, os discípulos, depois de terem regressado a casa, pedem a Jesus que lhes explique aquela surpreendente parábola. Há um momento de intimidade entre os discípulos e Jesus: "a vós foi dado a conhecer os mistérios do Reino do Céu", diz-lhes. E explica-lhes o que tinha dito naquela manhã à multidão. Aquelas palavras também tinham sido dirigidas a eles. É verdade, pois também eles são chamados a serem semeadores: "assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós". Mas, antes de mais, devem escutar aquela Palavra. Os discípulos, e nós com eles, pertencemos àquele terreno que o Senhor semeia com braçadas generosas. E também nós conhecemos pessoalmente aqueles terrenos de que fala a parábola. Também o nosso coração está, às vezes, endurecido como uma estrada quando damos espaço à indiferença; outras vezes, são os hábitos que, como pedras, tornam o terreno infrutuoso; e quantas vezes nos deixamos levar pelas nossas preocupações que sufocam aquela semente que também recebemos e que começou a crescer? Mas o Senhor sai, todos os dias também por nós e continua a semear. A fidelidade na escuta, torna-nos terra boa, aquela terra que continua a dar frutos, um dá cem, outro sessenta e outro trinta.

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