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Liturgia dominical
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Liturgia dominical

XIII do tempo comum
Memória de Dom Lorenzo Milani (+1967), padre florentino, prior de Barbiana, onde foi professor de crianças e jovens na Escola popular por ele fundada.
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Libretto DEL GIORNO
Liturgia dominical
Domingo, 26 de Junho

XIII do tempo comum
Memória de Dom Lorenzo Milani (+1967), padre florentino, prior de Barbiana, onde foi professor de crianças e jovens na Escola popular por ele fundada.


Primeira Leitura

I Reis 19,16.19-21

Jeú, filho de Nimechi, como rei de Israel, e Eliseu, filho de Chafat, de Abel-Meolá, como profeta em teu lugar. Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Chafat, que andava a lavrar com doze juntas de bois diante dele; ele próprio conduzia a duodécima junta. Elias aproximou-se e lançou o seu manto sobre ele. Eliseu deixou logo os seus bois, correu atrás de Elias e disse-lhe: «Deixa-me ir beijar meu pai e minha mãe, que depois te seguirei.» Elias disse: «Vai, mas volta, pois sabes o que te fiz.» Eliseu, deixando Elias, tomou uma junta de bois e imolou-os. Com a lenha do arado cozeu as carnes, dando-as depois a comer à sua gente. Em seguida, pôs-se a caminho e seguiu Elias para o servir.

Salmo responsorial

Salmo 15 (16)

Elegia de David.
Defende-me, ó Deus, porque em ti me refugio.

 Digo ao Senhor: «Tu és o meu Deus,
és o meu bem e nada existe acima de ti.»

Quanto aos deuses que existem no país,
os santos, nos quais se compraziam

 aqueles que multiplicam os seus ídolos
e correm atrás deles,
não tomarei parte nas suas libações de sangue,
nem sequer pronunciarei os seus nomes.

 Senhor, minha herança e meu cálice,
a minha sorte está nas tuas mãos.

Na partilha foram-me destinados lugares aprazíveis
e é preciosa a herança que me coube.

Bendirei o Senhor porque Ele me aconselha;
até durante a noite a minha consciência me adverte.

 Tenho sempre o Senhor diante dos meus olhos;
com Ele a meu lado, jamais vacilarei.

 Por isso, o meu coração se alegra
e a minha alma exulta
e o meu corpo repousará em segurança.

Pois Tu não me entregarás à morada dos mortos,
nem deixarás o teu fiel conhecer a sepultura.

 Hás-de ensinar-me o caminho da vida,
saciar-me de alegria na tua presença,
e de delícias eternas, à tua direita.

Segunda Leitura

Gálatas 5,1.13-18

Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes, e não vos sujeiteis outra vez ao jugo da escravidão. Irmãos, de facto, foi para a liberdade que vós fostes chamados. Só que não deveis deixar que essa liberdade se torne numa ocasião para os vossos apetites carnais. Pelo contrário: pelo amor, fazei-vos servos uns dos outros. É que toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra:
Ama o teu próximo como a ti mesmo.

Mas, se vos mordeis e devorais uns aos outros, cuidado, não sejais consumidos uns pelos outros. Mas eu digo-vos: caminhai no Espírito, e não realizareis os apetites carnais. Porque a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne; são, de facto, realidades que estão em conflito uma com a outra, de tal modo que aquilo que quereis, não o fazeis. Ora, se sois conduzidos pelo Espírito, não estais sob o domínio da Lei.

Leitura do Evangelho

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

São Lucas 9,51-62

Como estavam a chegar os dias de ser levado deste mundo, Jesus dirigiu-se resolutamente para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem. Mas não o receberam, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?» Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os. E foram para outra povoação. Enquanto iam a caminho, disse-lhe alguém: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.» Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.» Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.» Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.» Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não é apto para o Reino de Deus.»

 

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

Homilia

Escreve o evangelista que Jesus, enquanto se aproximavam os dias em que Ele deveria ser «levado para o Céu», tomou a decisão de partir para Jerusalém. Uma decisão firme, irremovível, como se pode intuir pelos termos utilizados no texto. Sabia o que O esperava; pouco mais adiante dirá: «Entretanto preciso de caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém» (Lc 13, 33).Naquele dia, Jesus revelou aos discípulos o Seu sonho assim como Elias lançou o seu manto sobre Eliseu. A imagem do manto que de Elias passa para Eliseu faz-nos entender melhor a missão que o Senhor confia aos discípulos. Não é pesada ao ponto de não se conseguir suportar, antes pelo contrário, é ligeira para que possa ser transportada para qualquer lugar. Aquele manto, aquele sonho, é a liberdade de seguir o Senhor, é a profecia do Evangelho que toda a comunidade é chamada a viver e transmitir à sucessiva.
Seguir o Evangelho significa acolher o manto de Jesus, isto é, o Seu espírito de paz e prosseguir em diante. Assim, repreende os discípulos que queriam destruir a aldeia dos samaritanos. Não basta seguir, também é necessário o manto do Evangelho. Seguir Jesus não é o fruto de uma carreira profissional, quiçá para conquistar algum privilégio. O Filho do Homem não possui nenhuma morada estável, a única coisa que tem é o manto, isto é, o sonho de salvar o mundo do mal. Por isso - e é este o sentido dos outros dois episódios - que seguir Jesus requer que se abandonem os outros laços que podem atrasar ou até mesmo trair a realização daquele sonho. Através dos paradoxos do funeral do pai e da despedida à família que Jesus nega àqueles que O querem seguir, Jesus reivindica a primazia do manto do Reino. Não deseja impedir acções de piedade e de humanidade. Antes pelo contrário. Afirma, no entanto, claramente a primazia absoluta do Evangelho sobre a nossa vida. Não é uma pretensão do mais forte. Muitas vezes, o equilíbrio nos julgamentos vela o desprezo pelos fracos para se salvar a própria distância, para se evitar o próprio envolvimento. Jesus sabe muito bem que não há compaixão sem o Seu manto, não há liberdade fora do Seu caminho para Jerusalém: ou somos livres com Ele ou tornamo-nos escravos dos muitos senhores deste mundo e, amiúde, o primeiro senhor é o nosso eu. E compreendemos assim, a razão da grave afirmação final: «Quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino de Deus». Mas, podemos acrescentar que quem acolhe o manto, ainda que fraco - e somo-lo todos - torna-se forte e digno do Reino.

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