ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração com os santos
Palavra de deus todos os dias

Oração com os santos

Memória de Moisés. Chamado pelo Senhor, libertou o povo de Israel da escravidão do Egipto e conduziu-o até à “Terra Prometida”. Leia mais

Libretto DEL GIORNO
Oração com os santos
Quarta-feira, 4 de Setembro

Memória de Moisés. Chamado pelo Senhor, libertou o povo de Israel da escravidão do Egipto e conduziu-o até à “Terra Prometida”.


Leitura da Palavra de Deus

Aleluia aleluia, aleluia

Vós sois uma geração escolhida
um sacerdócio real, uma nação santa,
povo resgatado por Deus
para proclamar as suas maravilhas.

Aleluia aleluia, aleluia

Jeremias 26,1-24

No começo do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, a palavra do Senhor foi dirigida a Jeremias, nestes termos: «Isto diz o Senhor:
'Põe-te no átrio do templo e fala ali a todos os habitantes de Judá que vêm prostrar-se no templo do Senhor, e anuncia-lhes todas as palavras que te mandei anunciar, sem omitir nenhuma.

Talvez te ouçam e se convertam cada um do seu mau caminho. Arrepender-me-ei então do castigo que, por causa das suas más obras, tinha determinado dar-lhes.'

Dir-lhes-ás: 'Isto diz o Senhor: Se não me ouvirdes, se não obedecerdes à lei que vos impus,

ouvindo as palavras dos profetas, meus servos, que continuamente vos enviei, e a quem não tendes ouvido,

farei a esta casa o que fiz a Silo e farei desta cidade um objecto de maldição para todos os povos da terra.'» Os sacerdotes, os profetas e todo o povo ouviram Jeremias pronunciar estas palavras no templo. Porém, mal Jeremias acabara de repetir o que o Senhor lhe ordenara dizer ao povo, os sacerdotes, os profetas e a multidão lançaram-se sobre ele, exclamando: «À morte! Porque profetizas, em nome do Senhor, este oráculo: 'Acontecerá a este templo o mesmo que sucedeu a Silo e esta cidade será transformada em deserto, sem habitantes?'»
Juntou-se toda a multidão contra Jeremias no templo do Senhor.

Os príncipes de Judá, ao saberem do que se passara, subiram do palácio real ao templo do Senhor e sentaram-se à entrada da Porta Nova do templo do Senhor.

Então, os sacerdotes e os profetas falaram aos príncipes e à multidão: «Este homem merece a morte porque profetizou contra esta cidade, como todos vós ouvistes.»

Jeremias, porém, respondeu aos príncipes e ao povo: «Foi o Senhor que me enviou a profetizar contra este templo e contra esta cidade os oráculos que ouvistes.

Reformai, portanto, a vossa vida e as vossas obras, ouvi a palavra do Senhor, vosso Deus, e o Senhor afastará de vós o mal com que vos ameaça. Quanto a mim, entrego-me nas vossas mãos. Fazei de mim o que quiserdes e o que melhor vos parecer. Sabei, porém, que, se me condenardes à morte, sereis responsáveis pelo sangue inocente, assim como esta cidade e os seus habitantes porque, na verdade, foi o Senhor que me enviou para vos transmitir estes oráculos.» Então, os príncipes e a multidão disseram aos sacerdotes e aos profetas: «Este homem não merece a morte! Foi em nome do Senhor, nosso Deus, que nos falou.» E, levantando-se alguns dos anciãos do país, disseram à assembleia do povo: «Miqueias de Moréchet, que profetizava no tempo de Ezequias, rei de Judá, assim falou ao povo:
'Isto diz o Senhor do universo:
Sião será lavrada como terra de lavoura,
Jerusalém será reduzida a um montão de ruínas,
e o monte do templo será um bosque.'

Porventura, Ezequias, rei de Judá, e o povo de Judá, condenaram-no à morte? Não temeram eles o Senhor? Não imploraram o seu favor, a ponto de o Senhor se ter arrependido do mal com que os ameaçava? Mas nós tornámo-nos responsáveis por uma grande desgraça.»

Houve também um profeta, chamado Urias, filho de Chemaías, de Quiriat-Iarim, que proferia oráculos em nome do Senhor contra a cidade e o país. Anunciava os mesmos flagelos que Jeremias. As suas palavras chegaram aos ouvidos do rei Joaquim, dos seus oficiais e príncipes, e o rei procurou meios de o condenar à morte. Urias, informado do que se passava, teve medo e fugiu, refugiando-se no Egipto. Mas Joaquim enviou ao Egipto Elnatan, filho de Acbor, acompanhado de uma escolta. Urias, foi então trazido do Egipto e entregue ao rei, que o mandou degolar, lançando o seu cadáver na vala comum. Quanto a Jeremias, ele gozava da protecção de Aicam, filho de Chafan, para que não fosse entregue nas mãos do povo a fim de ser condenado à morte.


 

Aleluia aleluia, aleluia

Vós sereis santos,
porque Eu sou santo, diz o Senhor.

Aleluia aleluia, aleluia

O texto inicia com o convite a Jeremias para ir ao templo. O Senhor pede-lhe, “diz a todos os cidadãos de Judá, que entram no Templo para adorar o Senhor, tudo o que te mando anunciar, sem omitir nada”. E acrescenta: “Talvez se convertam da sua má conduta, e Eu Me arrependa do castigo que preparo contra eles por causa das suas más acções”. Mas, depois, pede-lhe também para admoestar: “Se não Me obedecerdes, seguindo a Lei que vos dei, e se não obedecerdes às palavras dos meus servos, os profetas, que sem cessar vos envio, se não o escutardes, então, vou fazer deste Templo, o que fiz ao santuário de Silo, e desta cidade farei um objecto de maldição para todos os povos da Terra”. São palavras muito graves, estas que o Senhor dirige ao profeta. E ele sabe que as deve comunicar fielmente a todos: com efeito, da sua escuta e do seu cumprimento depende o próprio destino da cidade. E, podemos acrescentar, também o do profeta. E o que acontece aos profetas também é recordado por Jesus, quando disse: “Eu (o Senhor) enviar-lhes-ei profetas... eles matá-los-ão e persegui-los-ão” (Lc 11, 49). O profeta encontra-se, portanto, ligado a uma vocação que não põe limites à Palavra de Deus. E a sua própria liberdade identifica-se com a coragem de comunicar o que o Senhor lhe mandou dizer. O profeta - e todo o crente é chamado a sê-lo – não fala calculando, antes de mais, se põe ou não em risco a sua própria vida. Ele, como filho e amigo da Palavra que lhe foi confiada, comunica-A atempadamente e fora do tempo, como dirá o apóstolo. Com efeito, faz parte da sua missão; não pode renunciar à chamada que recebeu. E Jeremias experimenta logo a amargura de não ser ouvido. Escreve o texto: “Depois de Jeremias ter acabado de dizer tudo o que o Senhor lhe ordenara dizer ao povo, os sacerdotes e os profetas prenderam-no”. É o que acontecerá também com Jesus, que foi preso por aqueles que não O quiseram reconhecer como o Messias, o Ungido do Senhor. Nem Jesus nem Jeremias falaram por si e nem pensaram na própria incolumidade. Os dois falaram em nome de Deus dirigindo-se ao coração das pessoas. Houve, no entanto, algumas pessoas que acolheram as palavras de Jeremias e entenderam que eram para o bem de todos. A sabedoria delas levou-as a oporem-se às decisões dos chefes do templo que estavam preocupados apenas em manterem a instituição que representavam e controlavam. E Jeremias pôde escapar à morte. As pessoas que tinham acolhido a sua palavra e que se tinham afastado da sua “má conduta” (v. 3) salvaram-no. E a Palavra do Senhor não se perdeu entre os interesses inconfessáveis dos responsáveis do templo. O mundo salva-se quando há pessoas justas e verdadeiras que reconhecem a voz de Deus e tentam fazê-l’A prevalecer sobre a confusão e as mentiras.

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