ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração com Maria, Mãe do Senhor
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Oração com Maria, Mãe do Senhor
Terça-feira, 17 de Novembro


Leitura da Palavra de Deus

Aleluia aleluia, aleluia

O Espírito Santo virá sobre ti
Aquele que nascer de ti será santo.

Aleluia aleluia, aleluia

II Macabeus 6,18-31

A Eleázar, varão de idade avançada e de bela aparência, um dos primeiros doutores da lei, abrindo-lhe a boca à força, tentavam obrigá-lo a comer carne de porco. Mas ele, preferindo morrer com honra a viver na infâmia, voluntariamente caminhava para o suplício, depois de cuspir a carne, como devem fazer os que têm a coragem de rejeitar o que não é permitido comer, mesmo à custa da própria vida. Ora, os encarregados deste ímpio banquete proibido pela lei, que, desde há muito tempo, mantinham relações de amizade com ele, tomaram-no à parte e rogaram-lhe que mandasse trazer as carnes permitidas, por ele mesmo preparadas, e as comesse como se fossem carnes do sacrifício, conforme ordenara o rei. Fazendo assim, seria preservado da morte. Usavam com ele desta espécie de humanidade, em virtude da antiga amizade que lhe tinham. Mas Eleázar, tomando uma bela resolução, digna da sua idade, da autoridade que lhe conferia a sua velhice, do prestígio que lhe outorgavam os seus cabelos brancos, da vida íntegra que levava desde a infância, digna, sobretudo, das sagradas leis estabelecidas por Deus, preferiu ser conduzido à morte. «Não é próprio da minha idade - respondeu ele - usar de tal fingimento, não suceda que muitos jovens, julgando que Eleázar, aos noventa anos, se tenha passado à vida dos gentios, pelo meu gesto de hipocrisia e por amor a um pouco de vida, se deixem arrastar pelo meu exemplo; isto seria a desonra e a vergonha da minha velhice. Mesmo que eu me livrasse agora dos castigos dos homens, não poderia escapar, vivo ou morto, das mãos do Omnipotente. Por isso, morrendo valorosamente, mostrar-me-ei digno da minha velhice e deixarei aos jovens um nobre exemplo, se morrer corajosamente pelas nossas santas e veneráveis leis.»
Ditas estas palavras, dirigiu-se para o suplício.

Aqueles que o levavam transformaram em violência a humanidade que pouco antes lhe tinham mostrado, julgando insensatas as suas palavras.

E quando estava prestes a morrer sob os golpes que sobre ele descarregavam, ele exclamou entre suspiros: «O Senhor, que tem a ciência santíssima, vê bem que, podendo eu livrar-me da morte, sofro no meu corpo os tormentos cruéis dos açoites, mas suporto-os com alegria, porque é a Ele que eu temo.» Desta maneira passou à outra vida, deixando com a sua morte, não só aos jovens mas também a toda a gente, um exemplo de fortaleza e de coragem.


 

Aleluia aleluia, aleluia

Eis, Senhor, os vossos servos:
Faça-se em nós segundo a vossa palavra

Aleluia aleluia, aleluia

Eleazar é um escriba de idade avançada, fiel à Lei do Senhor. Por isso, violar a proibição de comer carne suína, estabelecido no código da pureza, como refere o livro do Levítico (11, 7-8), significa para ele, afastar-se da fé para aderir a processos idolátricos. Portanto, a custo de desobedecer à ordem do rei para não violar um mandamento da Lei, prefere a morte. Entra, assim no exército dos crentes mártires, isto é, daqueles que amam Deus mais do que a própria vida. Alguns Doutores da Igreja identificaram em Eleazar um protomártir, antes da vinda de Cristo, um pouco como será o diácono Estêvão para os mártires cristãos. Também a Carta aos Hebreus, quando enumera todos os actos de fé dos antepassados, alude a Eleazar usando um termo que recorre só na nossa leitura: “outros foram esquartejados” (Hb 11, 35). Trata-se de um grande exército que atravessa os séculos e que nestes últimos tempos, se tornou particularmente numeroso. Eleazar no seu discurso, manifesta a convicção de querer morrer de maneira digna da sua idade com o fim de deixar aos jovens um exemplo: “É por isso que, se eu passar corajosamente para a outra vida, mostrar-me-ei digno da minha idade” (v. 27). Das suas palavras transparece decerto, não só a fidelidade à Lei mas, sobretudo, a fé no Senhor a quem, de qualquer modo, “nem vivo nem morto” quer escapar. Enquanto geme na tortura dirige-se a Deus “que possui a santa sabedoria” (v. 30), o Senhor que tudo conhece e que é fiel àqueles que O amam. Aquele que não pensa conforme Deus, não compreende o que Eleazar está a viver e a testemunhar: “Os seus torturadores, que pouco antes queriam ser amáveis com ele, então tornaram-se cruéis por causa do que ele dissera, ao considerar tudo aquilo uma loucura” (v. 29). Não devemos esquecer que um pouco de heroísmo (no sentido de loucura), é típico do carácter radical da fé cristã e que também já o era na tradição bíblica.

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