Memória de São Policarpo, discípulo do apóstolo João, bispo e mártir († 155). Leia mais
Memória de São Policarpo, discípulo do apóstolo João, bispo e mártir († 155).
Leitura da Palavra de Deus
Louvor a V?s, ? Senhor, Rei de eterna gl?ria
O Espírito Santo virá sobre ti
Aquele que nascer de ti será santo.
Louvor a V?s, ? Senhor, Rei de eterna gl?ria
S?o Mateus 6,7-15
Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.? ?Rezai, pois, assim:
?Pai nosso, que estás no Céu,
santificado seja o teu nome,
venha o teu Reino;
faça-se a tua vontade,
como no Céu, assim também na terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas,
como nós perdoámos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do Mal.?
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós.
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.?
Louvor a V?s, ? Senhor, Rei de eterna gl?ria
Eis, Senhor, os vossos servos:
Faça-se em nós segundo a vossa palavra
Louvor a V?s, ? Senhor, Rei de eterna gl?ria
Hoje, Jesus dá-nos a Sua oração: o Pai nosso. Avisa-nos, antes de mais, que a oração não consiste num multiplicar de palavras como se contasse apenas o número delas e não o coração com que são ditas. Pelo contrário, quer-nos mostrar a via da oração directa, a que chega imediatamente, sem intermediação, ao coração de Deus. Jesus envolve-nos na Sua própria intimidade com o Pai. Não é Ele que "abaixa" Deus até nós; pelo contrário, eleva-nos até ao coração do Pai "que está nos céus" ao ponto de O chamar "pai". O Pai, ainda que permanecendo "no alto dos céus" é, no entanto, Aquele que nos ama desde sempre e que deseja a nossa salvação e a do mundo inteiro. É decisivo, portanto, que Jesus peça que cumpramos a vontade do Pai. E a vontade de Deus é que ninguém se perca. Ninguém. Por isso faz-nos dizer: "Venha a nós o Vosso Reino". E que venha depressa, porque, finalmente, será reconhecida a santidade de Deus e todos os homens viverão na justiça e na paz, em qualquer lugar, no Céu e na Terra. Na segunda parte da oração, Jesus faz-nos pedir ao Pai para proteger a nossa vida de todos os dias: pedimos-Lhe o pão, o do corpo e o do coração. E, depois, leva-nos a ousar um pedido que na verdade é muito exigente: "Perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores". São palavras ousadas e, aparentemente, irrealistas: como é possível admitir que o perdão humano seja modelo do divino? Na verdade, Jesus ajuda-nos a expressar na oração uma sabedoria extraordinária. E percebemos isso nos versículos seguintes: "De facto, se perdoardes aos homens os males que eles fizeram, o vosso Pai que está no Céu também vos perdoará; mas, se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os males que tiverdes feito". Esta linguagem é incompreensível para uma sociedade, como é muitas vezes a nossa, onde o perdão é coisa rara, senão totalmente banido e onde o rancor é uma erva que não conseguimos extirpar. Mas talvez por isso, temos ainda mais necessidade de aprender a rezar o "Pai nosso". É a oração que salva porque faz-nos descobrir a fraternidade universal quando nos dirigimos a Deus e O invocamos como Pai de todos.