Pensemos em muitas pessoas que nem sequer recebem uma última carícia no momento da sua morte: três dias atrás, um homem sem-abrigo morreu de frio no meio de Roma, uma cidade com todas as possibilidades para ajudar

O homem sem-abrigo que morreu de frio em Roma, as quatro irmãs de Madre Teresa mortas no Iêmen, as pessoas que ficam doentes na terra dos fogos, os refugiados abandonados no frio: há o eco de alguns recentes acontecimentos dramáticos na oração de Francisco durante a Missa celebrada na segunda-feira 14 de Março, na capela de Santa Marta. "Senhor, eu não entendo, não sei porque isso acontece, mas eu confio em Ti", disse ele. É "uma bela oração", a única possível - explicou ele - e é apoiada também pelos pais de muitas crianças com deficiência, as pessoas com doenças raras. Diante de tantos "vales escuros" do nosso tempo a única resposta possível é confiar em Deus que, a Escritura recorda, "nunca abandona o seu povo". Com efeito, "o Senhor - foi observado por Francisco referindo-se a passagem do Livro de Daniel (13,1-9.15-17.19-30.33-62) - Visa deixar claro ao seu povo que ele está ao seu lado, que anda com ele" E fá-lo, explicando com estas palavras: "Diga-me, já viu um povo que tem seus deuses tão perto quanto eu sou para vocês? Olhai, eu acompanhei-vos, eu caminhei desde o início ao vosso lado, eu vos ensinei a andar, como um pai para o seu filho".

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Capella de Santa Marta, 14 de Março de 2016