Seremos julgados pelas obras de misericórdia. O Senhor poderá dizer-nos: e tu, recordas aquela vez ao longo do caminho de Jerusalém para Jericó? Aquele homem meio morto era eu.

 Mediante as boas obras que praticamos com amor e alegria a favor do próximo, a nossa fé germina e dá fruto. Questionemo-nos — cada qual responda no próprio coração — interroguemo-nos: é fecunda a nossa fé? Produz boas obras a nossa fé? Ou então é bastante estéril e portanto mais morta do que viva? Faço-me próximo, ou simplesmente passo ao lado? Sou daqueles que seleciono as pessoas a bel-prazer? É bom fazer estas perguntas, e fazê-las frequentemente, porque no fim seremos julgados pelas obras de misericórdia. O Senhor poderá dizer-nos: e tu, recordas aquela vez ao longo do caminho de Jerusalém para Jericó? Aquele homem meio morto era eu. Recordas? Aquele menino faminto era eu. Recordas? Era eu aquele migrante que muitos querem expulsar. Era eu aqueles avós sozinhos, abandonados nas casas de repouso. Era eu aquele doente no hospital, que ninguém vai visitar.

Do Angelus de 10 de Julho de 2016