Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Eis o Evangelho dos pobres,
a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos,
a libertação dos oprimidos
Aleluia aleluia, aleluia
Colossenses 4,2-6
Perseverai na oração e mantende-vos, por ela, em vigilante acção de graças. Ao mesmo tempo, orai também por nós, para que Deus abra uma porta à nossa pregação, a fim de que eu anuncie o mistério de Cristo - é por ele que estou preso - para que o dê a conhecer, falando como devo. Procedei com sabedoria para com os que estão de fora, aproveitando as ocasiões. Que a vossa palavra seja sempre amável, temperada de sal, para que saibais responder a cada um como deveis.
Aleluia aleluia, aleluia
O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos
Aleluia aleluia, aleluia
O apóstolo exorta os Colossenses a perseverarem na oração sem nunca se cansarem. É um ensinamento constante do Novo Testamento. Na verdade, a oração liberta o crente do seu egocentrismo e liga-o a Deus. A oração é a sua primeira obra, a que o define e a que mais o qualifica. O apóstolo realça a sua força para que a oração torne firme a vigilância do crente. Na época em que foi escrita a Carta aos Colossenses, a convicção de uma manifestação iminente de Cristo glorioso já não era assim tão forte e a demora corria o risco incitar a uma atitude de preguiçosa resignação perante os eventos do mundo. Paulo, exortando à vigilância, quer inculcar a perseverança na escuta do Evangelho e em pô-l’O em prática, acrescentando também o pedido de rezar por ele e pelos seus colaboradores para que possam desempenhar com eficácia a missão ao serviço da Palavra. O apóstolo sabe que o tempo da espera deve ser conduzido pela pregação evangélica. Pede a oração porque é Deus que “abre uma porta para a pregação”, isto é, que oferece a ocasião favorável para a proclamação do Evangelho. É preciso rezar por aqueles que têm a responsabilidade da pregação para que saibam colher o momento oportuno. No início da carta, foi o apóstolo quem assegurou aos crentes as suas orações (1, 3-9), agora pede-as para si. A oração recíproca manifesta a comunhão fraterna: todos, desta maneira, encontramo-nos no coração do Pai. O apóstolo está na prisão, mas as correntes não detêm a força da Palavra evangélica. Diante dos seus olhos aparecem “os de fora”, aqueles que ainda não pertencem à comunidade cristã. Também a eles, se deve comunicar o Evangelho. Paulo sabe que os cristãos de Colossos são uma minoria na cidade. Por isso, eles devem manifestar a própria fé com o testemunho da vida, com um comportamento sensato. É a exortação a viver segundo o Evangelho. Esta é a força dos cristãos: responder a todos com amabilidade e sem perder a paciência, “com sal”, isto é, com aquela sabedoria que faz com que os discípulos sejam “sal da terra e luz do mundo”.
