ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração do Dia do Senhor
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Libretto DEL GIORNO
Oração do Dia do Senhor
Domingo, 28 de Julho

Homilia

O Evangelho narra muitas vezes que Jesus Se retira em lugares solitários para rezar. Às vezes, é Ele mesmo quem o diz aos discípulos, como naquela noite dramática no jardim das Oliveiras: “Eu vou até ali para rezar, sentai-vos aqui”, disse aos Seus três melhores amigos. Não há dúvidas que os apóstolos ficavam tocados com a Sua maneira de rezar. Um dia, refere Lucas, no fim da oração, um dos discípulos aproximou-se e pediu-Lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensina aos seus discípulos”. Provavelmente, podemos reformular o pedido da seguinte maneira: “Senhor ensina-nos a rezar como Tu rezas”. Na verdade, todo o profeta (incluído João) ensinava aos próprios discípulos um método de oração. Os discípulos de Jesus, tocados pela maneira de rezar do próprio Mestre, pelo modo como Ele se retirava para um lugar solitário e, sobretudo, de como se dirigia a Deus, insistiram para que lhes ensinasse a rezar da mesma maneira. Havia um sentido de intimidade e de confiança na oração do Mestre que os maravilhava. Nunca tinham visto ninguém rezar daquela maneira, com tanta intimidade e tanta confiança.
Hoje, juntamente com os discípulos, também nós pedimos: “Senhor ensina-nos a rezar!” Não é o pedido de um genérico ensinamento sobre a oração. É o mesmo pedido dos discípulos de então, isto é, de poder participar no Seu modo de falar com Deus, de poder estar na Sua presença, de poder conversar com Ele de maneira tão íntima de modo a podermos chamá-l’O “Pai”. Jesus responde logo e também a nós: “Quando rezardes, dizei: Pai, abbà, papá”. Conhecemos a confusão que essa palavra provocava num ambiente onde nem sequer se ousava chamar Deus com o próprio nome. Jesus exorta a chamar “Pai” o Senhor que criou o Céu e a Terra. Qualquer distância é, deste modo, anulada. Deus já não está longe, é o pai de todos e cada um de nós pode dirigir-se directamente a Ele sem precisar de mediadores. Era uma verdadeira revolução da religiosidade. Na palavra “pai”, “papá”, Jesus revela-nos o próprio mistério do Deus de Jesus, do nosso Deus: por um lado, a confiança e a intimidade do filho para com o Pai e do outro, a ternura protectora do Pai para com cada um de nós. Regressa, de um certo modo, a amizade das origens quando Deus passeava no paraíso com Adão e Eva. Com efeito, na oração conta a intimidade e a imediação da relação com Deus. O problema não está nem no lugar, nem nas palavras, mas no coração, na interioridade, na amizade com Deus. Foi também assim para Abraão, nosso pai na fé. Exemplar e sugestivo é o diálogo que ele instaura com Deus quando intercede para salvar Sodoma, caída na depravação e na desordem. Deus diz a si mesmo: “Será que devo esconder de Abraão o que vou fazer?”. Por outras palavras: “Não posso esconder as minhas intenções a um amigo”. A amizade de Deus é transparente, sincera. Aproxima-se de Abraão e diz-lhe: “O clamor contra Sodoma e Gomorra é muito grande e o pecado deles é muito grave”. Mas Abraão colocando-se diante de Deus, “aproximou-se”, dizem as Escrituras. É preciso aproximar-se a Deus e apresentar-Lhe os dramas, os problemas, as esperanças de muitos. E Abraão iniciou a sua longa intercessão: “Destruirás o justo com o ímpio? Talvez haja 50 justos na cidade”. O Senhor responde: “Se Eu encontrar 50 justos, perdoarei à cidade inteira”. E Abraão: “Mas talvez faltem 5 para os 50 justos: por causa de 5 destruirás a cidade inteira?” Deus responde: “Se Eu encontrar 45 justos, perdoarei à cidade inteira”. E Abraão: “Suponhamos que só existam 40?”. E assim sucessivamente, até dez. Diante desta dramática intercessão, vêm-nos à mente as muitas cidades e países devastados pela guerra e pela injustiça, pela fome e pela violência: todos precisam de um Abraão que interceda por eles. Há necessidade de muitos amigos de Deus, que com insistência, rezem para que as nossas cidades se salvem, para que o Evangelho toque o coração dos homens. A voz desses amigos chega até aos ouvidos de Deus, que é amigo dos homens. Parece que Ele não faz outra coisa senão estar atento à voz dos amigos. Jesus realça isso, com dois exemplos limites, retirados da vida de todos os dias: o amigo que chega à meia-noite e o pai que nunca dará uma serpente ao filho que lhe pede um peixe. E termina: “Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do céu! Ele dará o Espírito Santo àqueles que Lh’O pedirem”. É um modo de manifestar a disponibilidade ilimitada de Deus em vir ao encontro das nossas preces. As palavras não são determinantes. O que conta é o coração, a confiança e, portanto, a insistência e a perseverança na oração. A ineficácia da oração não depende de Deus, mas da nossa pouca confiança n’Ele. Peçamos e ser-nos-á dado, procuremos e encontraremos, toquemos no coração de Deus, como fez Abraão e o Senhor dirigirá o Seu olhar para nós.

PALAVRA DE DEUS TODOS OS DIAS: O CALENDÁRIO