ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração pelos pobres
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Oração pelos pobres
Segunda-feira, 23 de Setembro


Leitura da Palavra de Deus

Aleluia aleluia, aleluia

Eis o Evangelho dos pobres, a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos, a libertação dos oprimidos

Aleluia aleluia, aleluia

Jeremias 36,1-32

No quarto ano de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, a palavra do Senhor foi dirigida a Jeremias, nestes termos: «Toma um rolo do livro e escreve nele todos os oráculos que Eu te disse acerca de Israel e de Judá, e de todas as nações, desde o dia em que te falei, no tempo de Josias, até ao dia de hoje. Quando o povo de Judá compreender todo o mal que lhe pretendo fazer, talvez cada um se afaste do seu perverso caminho, de sorte que Eu lhes possa perdoar as suas iniquidades e os seus pecados.» Então, Jeremias chamou Baruc, filho de Néria, e Baruc escreveu, da parte de Jeremias, no rolo do livro todas palavras que o Senhor lhe tinha dito. Em seguida, Jeremias deu esta ordem a Baruc: «Estou impossibilitado de me dirigir ao templo do Senhor. Vai, pois, tu, num dia de jejum, e lê o rolo em que escreveste as palavras do Senhor, que te ditei, diante do povo e da gente de Judá, vinda das suas cidades ao templo do Senhor. Talvez eles dirijam súplicas ao Senhor e se convertam dos seus maus caminhos, porque grande é a indignação e grande o furor com que o Senhor ameaça este povo.» Baruc, filho de Néria, executou pontualmente a ordem do profeta Jeremias, lendo no templo os oráculos do Senhor escritos no rolo. No quinto ano do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, no nono mês, foi decretado um jejum em honra do Senhor para toda a população de Jerusalém e para todos os que se dirigiam das cidades de Judá a Jerusalém. Então, Baruc leu no livro as palavras de Jeremias, no templo do Senhor, na sala do escriba Guemarias, filho de Chafan, sala situada no vestíbulo superior, à entrada da Porta Nova do templo, na presença de todo o povo. Quando Miqueias, filho de Guemarias, filho de Chafan, ouviu a leitura do livro de todos os oráculos do Senhor, foi ao palácio real, à câmara do secretário, onde estavam reunidos todos os dignitários: o secretário Elichamá, Delaías, filho de Chemaías, Elnatan, filho de Acbor, Guemarias, filho de Chafan, Sedecias, filho de Hananias, e todos os notáveis. Miqueias referiu-lhes tudo o que ouvira ler a Baruc do livro, diante do povo. Os chefes enviaram, então, Judi, filho de Natanias, filho de Chelemias, filho de Cuchi, para dizer a Baruc: «Toma o livro, pelo qual leste diante do povo, e vem ter connosco.»
Baruc, filho de Néria, tomou o livro na mão e foi ter com eles.

Disseram-lhe: «Senta-te e lê esse livro para nós.» E Baruc leu na presença deles.

Ao ouvirem estes oráculos, entreolharam-se, atónitos, e disseram a Baruc: «Devemos comunicar todas estas coisas ao rei.»

Depois interrogaram Baruc: «Declara-nos como escreveste todos estes oráculos.»

Baruc respondeu-lhes: «Ele ditava-me todas estas palavras, e eu escrevia-as com tinta neste rolo.» Então, os dignitários disseram a Baruc: «Vai e esconde-te com Jeremias, e que ninguém saiba onde estais.» Em seguida, deixando guardado o rolo no gabinete do secretário Elichamá, foram ter com o rei, ao átrio do palácio, e transmitiram-lhe todos os oráculos. O rei mandou Judi buscar o livro; tomando-o da sala do secretário Elichamá, Judi leu-o na presença do rei e de todos os dignitários que estavam ao serviço do rei. O rei estava sentado no palácio de inverno - era o nono mês - e tinha um braseiro aceso na sua frente. À medida que Judi lia três ou quatro colunas, o rei cortava-as com o canivete do escriba e atirava-as às chamas do braseiro até que todo o rolo se queimou no fogo do braseiro. Nem o rei nem os seus dignitários, ao ouvirem todas estas palavras, temeram ou rasgaram as suas vestes. E, embora Elnatan, Delaías e Guemarias suplicassem ao rei para não queimar o livro, ele não os quis ouvir. Depois, o rei ordenou ao príncipe real Jeramiel, a Seraías, filho de Azeriel e a Chelemias, filho de Abdiel, que prendessem o escriba Baruc e o profeta Jeremias. Mas o Senhor escondeu-os. Depois que o rei queimou o rolo com os oráculos escritos por Baruc e ditados por Jeremias, o Senhor dirigiu a palavra a Jeremias, nestes termos: «Toma outro rolo e escreve nele todos os oráculos contidos no primeiro, que foi queimado por Joaquim, rei de Judá. E dirás a Joaquim, rei de Judá: Eis o que diz o Senhor: Queimaste aquele rolo, dizendo: 'Porque escreveste nele a ameaça de que o rei da Babilónia virá arruinar este país, exterminar os seus homens e os animais?' Pois bem, isto diz o Senhor contra Joaquim, rei de Judá: 'Ele não terá descendente que se sente no trono de David e o seu cadáver ficará exposto ao calor do dia e ao frio da noite. Castigá-lo-ei pelas suas iniquidades, a ele, à sua descendência e aos seus servos. Farei cair sobre eles, sobre os habitantes de Jerusalém e sobre o povo de Judá, todos os flagelos com que os ameacei, sem que me tenham ouvido.'» Jeremias tomou outro rolo e entregou-o a Baruc, filho de Néria, o escriba, para que escrevesse nele, a ditado de Jeremias, todos os oráculos contidos no rolo lançado ao fogo por Joaquim, rei de Judá. Além disso, foram acrescentados muitos oráculos semelhantes.


 

Aleluia aleluia, aleluia

O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos

Aleluia aleluia, aleluia

Os oráculos que Jeremias dirigia ao povo, os que lhes tinham sido enviados pelo Senhor, não podem ficar dispersos. A Palavra de Deus é um tesouro inestimável e deve ser preservada e guardada com devoção e veneração: a sua sacralidade vem do Espírito que A inspirou e com que foi recebida e escrita. Não é estranho, portanto, que o profeta receba a ordem divina para escrever tudo o que lhe foi comunicado. Aliás, os oráculos dirigidos a Israel e a todas as nações são de tal maneira cheios de força que, se lidos diante de todo o povo, suscitam sentimentos de conversão: “Quando a gente de Judá tomar conhecimento de todas as desgraças que estou a planear fazer contra eles, talvez cada um se converta da sua má conduta e Eu possa perdoar as suas faltas e pecados” (v.3). O Senhor, espera até ao fim, que o povo perceba que deve mudar e seja, assim, poupado do desastre de quem escuta a Sua Palavra. Os meios para realizar a conversão que o Senhor propõe são dois: a humilhação e a oração. O Senhor faz uma última tentativa com o Seu povo, rebelde e de cabeça dura, e diz: “talvez eles se humilhem com súplicas” (v. 7). Trata-se de derrotar os dois mais renhidos inimigos do homem espiritual: o orgulho e a distância de Deus, que são responsáveis pela aridez do coração e pela perdição na vida. No entanto, como na história dos escravos libertados e depois escravizados de novos pelos mesmos senhores (cap. 34), também aqui a força do mal faz-se sentir de uma forma especial. O rei Joaquim, homem de sentimentos mundanos, orgulhoso e sem escrúpulos, queima o pergaminho escrito que contém os oráculos divinos transmitidos por Jeremias. A maioria dos seus ministros aceita ser cúmplice do mal. Apenas três não concordam com o que o rei quer fazer. De qualquer modo, a Palavra não será bloqueada e um novo pergaminho substituirá o primeiro queimado por Joaquim.

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