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Domingo de Pentecostes
Palavra de deus todos os dias

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Libretto DEL GIORNO
Domingo de Pentecostes
Domingo, 8 de Junho

Homilia

“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar” (Act 2, 1). Tinham-se passado cinquenta dias da Páscoa e cento e vinte seguidores de Jesus (os Doze mais o grupo de discípulos juntamente com Maria e as outras mulheres) estavam reunidos, como já era habitual, no cenáculo. Na verdade, depois da Páscoa, os discípulos de Jesus reuniam-se sempre para rezar, escutar as Escrituras e viver em fraternidade. Esta tradição apostólica nunca se interrompeu até aos dias de hoje. Não só em Jerusalém, mas também em muitas outras cidades do mundo os cristãos continuam a reunir-se “todos juntos no mesmo lugar” para escutarem a Palavra de Deus, para se nutrirem do Pão da Vida e para continuarem a viver juntos na memória do Senhor.
Aquele dia de Pentecostes foi decisivo para aqueles discípulos devido aos eventos que se verificaram tanto no cenáculo como fora. Narram os Actos dos Apóstolos que à tarde, “de repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval” que se abateu na casa onde se encontravam os discípulos; foi uma espécie de terramoto que se ouviu por toda Jerusalém, de tal forma que se juntou muita gente diante daquela porta para verem o que se estava a passar. Aperceberam-se logo que não se tratava de um terramoto normal. Houve um grande tremor, mas não tinha caído nada. De fora, não se viam os “desabamentos” que ocorriam dentro. Na verdade, dentro do cenáculo, os discípulos estavam a passar por um verdadeiro terramoto que, apesar de ser fundamentalmente interior, envolveu visivelmente todos eles e o lugar onde se encontravam. Viram “línguas de fogo, que se espalharam e foram poisar sobre cada um deles e todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas”. Foi para todos eles – os Apóstolos, os discípulos, as mulheres – uma experiência que os transformou profundamente.
Mas aquele terramoto interior que transformou o coração dos discípulos repercutiu-se também para fora. Aquela porta fechada abriu-se e os discípulos começaram a falar à multidão que entretanto se reunira. A longa e pormenorizada lista de povos quer significar a presença de todo o mundo: estão representados todos os povos. E enquanto os discípulos de Jesus falam, todos os presentes entendem na sua própria língua: “Cada um de nós na sua própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus”, dizem surpreendidos. A partir daquele dia, o Espírito do Senhor começou a superar limites que pareciam intransponíveis. O Pentecostes punha um ponto final a Babel. O Espírito Santo inaugurava um tempo novo, o tempo da comunhão e da fraternidade. É em Jerusalém – entre o cenáculo e a praça – que inicia a Igreja: os discípulos, cheios de Espírito Santo, vencem o medo e começam a pregar. Jesus tinha-lhes dito: “Quando vier o Espírito da Verdade, Ele vos encaminhará para toda a verdade” (Jo 16, 13).
O Espírito veio e a partir daquele dia continua a conduzir os discípulos pelos caminhos do mundo. A solidão, a confusão, a incompreensão, a orfandade e a luta fratricida, já não são inelutáveis na vida dos homens porque o Espírito veio “renovar a face da Terra” (Sl 103, 30). O apóstolo Paulo, na Carta aos Gálatas, exorta os crentes a caminharem segundo o Espírito para não fazerem o que os instintos da carne desejam; “as obras dos instintos egoístas são bem conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúme, ira, rivalidade, divisão, sectarismo, inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes” (Gl 5, 16-21). E acrescenta: “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si” (Gl 5, 22). O mundo inteiro precisa desses frutos. O Pentecostes é o início da Igreja. O Espírito Santo também é derramado em nós para que possamos sair da nossa pequenez e do nosso isolamento para testemunhar o amor do Senhor e anunciar o Seu Evangelho a todas as criaturas até aos confins da Terra.

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