ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Oração do Dia do Senhor
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Oração do Dia do Senhor
Domingo, 6 de Julho

Homilia

O Evangelho deste domingo relembra-nos a condição de discípulo que todo o crente deve viver. Está claramente explícita na oração de Jesus ao Pai: “Eu Te louvo, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos” (v. 25). Com estas palavras, Jesus louva e agradece o Pai porque fez conhecer o Evangelho do Reino aos “pequeninos”. Que esta fosse a vontade de Deus, Jesus apercebe-Se contemplando aquele pequeno grupo de homens e de mulheres que O seguem. Entre eles não se encontram muitos poderosos e inteligentes; na sua maior parte são pescadores, empregados de baixo nível ou, de qualquer modo, pessoas da classe baixa. Se alguma personalidade de relevo se aproximou de Jesus (estamos a pensar no sábio Nicodemos), é porque lhe foi dito que deveria “renascer de novo”, voltar a ser “pequenino”, caso contrário não entraria no Reino do Céu. De facto, o Reino pertence só aos “pequeninos”.
“Pequenino” é aquele que reconhece o seu próprio limite e a sua própria fragilidade, quem sente necessidade de Deus, procura-O e entrega-se a Ele. Portanto, o texto evangélico, quando fala com tom depreciativo dos “cultos e inteligentes”, não se refere àqueles que com fadiga procuram a verdade e tentam melhorar a vida pessoal e colectiva. Pelo contrário. Refere-se, sobretudo, àquela atitude que encontra o seu protótipo nos doutores da Lei e nos fariseus. Estes sentem-se com a consciência tranquila perante Deus, cheios das suas coisas boas; consideram-se de tal maneira conhecedores das coisas de Deus que chegam ao ponto de não terem a mínima inquietação; estão tão cheios de si mesmos que não sentem a necessidade de estenderem a mão para pedirem ajuda a Deus. Além disso, esta auto-suficiência não é absolutamente neutral, pois associa-se ao desprezo pelo próximo, como o próprio Jesus mostra na parábola do fariseu e do publicano: o primeiro reza de pé em frente do altar, enquanto que o segundo, prostrado, no fundo, bate no peito, contrito. E, no entanto, acrescenta Jesus, é precisamente este último a estar justificado. É a homens como estes que Jesus diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados de carregar o peso do vosso fardo e Eu vos darei descanso”.
O Senhor, como um bom amigo, chama a Si todos os que estão cansados e sobrecarregados pela vida: desde aquele publicano e do pequeno grupo de homens e de mulheres que O seguem, até às multidões sem esperança, oprimidas pelo enorme poder dos ricos, marcadas pela violência da guerra, pela fome, pela injustiça. Sobre todas estas multidões deveriam, hoje, ecoar as palavras do Senhor: “Vinde a Mim e eu vos darei descanso”. O descanso não é outra coisa senão o próprio Jesus: descansar no Seu peito e alimentar-se da Sua Palavra. Jesus, e só Ele, é que pode acrescentar: “Carregai a minha carga”. Não fala da “carga da lei”, o duro jugo imposto pelos fariseus. A carga de que fala Jesus é o Evangelho, exigente e ao mesmo tempo doce, precisamente como Ele. Por isso acrescenta: “Aprendei de Mim porque sou manso e humilde de coração”. Aprendei de Mim: isto é, tornem-se Meus discípulos. Nós precisamos disso; e, sobretudo, têm necessidade disso as numerosas multidões deste mundo que ainda esperam ouvir o convite de Jesus: “Vinde e encontrareis descanso”.

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