Memória dos Santos Cosme e Damião, mártires sírios. A tradição recorda-os médicos que curavam gratuitamente os doentes. Memória particular dos que se dedicam à cura e tratamento dos doentes. Leia mais
Memória dos Santos Cosme e Damião, mártires sírios. A tradição recorda-os médicos que curavam gratuitamente os doentes. Memória particular dos que se dedicam à cura e tratamento dos doentes.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Todo o que vive e crê em mim
não morrerá jamais.
Aleluia aleluia, aleluia
Zacarias 2,5-9.14-15
Então levantei os olhos e tive uma visão: Era um homem que tinha na mão um cordel de medir. Eu disse-lhe: «Para onde vais?» Ele respondeu-me: «Vou medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e qual é o seu comprimento.» Então o anjo que falava comigo mantinha-se imóvel, quando veio ao seu encontro outro anjo que lhe disse: «Corre, fala àquele jovem e diz-lhe: Jerusalém ficará sem muros, por causa da multidão de homens e de animais que haverá no meio dela. Mas eu serei para ela - oráculo do Senhor - como um muro de fogo à sua volta e serei no meio dela a sua glória.’» Rejubila e alegra-te, filha de Sião, porque eis que Eu venho para morar no meio de ti - oráculo do Senhor. Naqueles dias, muitas nações se unirão ao Senhor e serão meu povo; habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor do universo me enviou a ti.
Aleluia aleluia, aleluia
Se tu creres verás a glória de Deus
diz o Senhor.
Aleluia aleluia, aleluia
Logo depois de Ageu, é enviado ao povo de Israel um seu contemporâneo, o profeta Zacarias, sacerdote ligado a Ezequiel. Zacarias empenha-se a suster com a Palavra de Deus, o povo que regressou a Jerusalém do exílio da Babilónia. Depois de ter reconstruído o Templo, entre mil e uma dificuldades, os sobreviventes não conseguem superar a desilusão pela falta dos sinais da bênção de Deus sobre o trabalho deles. Nos primeiros oito capítulos referem-se oito visões que o profeta teve e todas de inspiração messiânica. O Messias que o profeta anuncia aparecerá como um rei manso e pacifico que realiza as expectativas dos pobres (9, 9), mas que lhes serão arrebatadas com a violência (12, 10). A página que acabámos de escutar refere a terceira visão do profeta que nos abre à visão de uma nova Jerusalém. O profeta vê uma cidade onde já não haverá muros, não só porque é impossível circundá-la pela sua vastidão, mas também porque é destinada a acolher todos: “Jerusalém deve ficar sem muros, por causa da multidão de homens e animais que ela deverá acolher” (v. 8). E o próprio Deus será o seu muro, um muro de fogo que defenderá a cidade: “Eu serei para ela muralha de fogo ao seu redor e, no meio dela, Eu serei a sua glória” (v. 9). A característica da Jerusalém do Céu é a de ser uma cidade sem confins, sem muros que dividem, precisamente como o é o amor de Deus, isto é, sem confins porque ninguém está excluído do Seu abraço. De facto, o próprio Deus habitará nela: “Eu venho para morar no meio de ti”. E Deus é, portanto, a sua alegria, a sua consolação, a sua defesa. A presença de Deus, larga e sem limites, atrai para ela todos os povos. É uma visão da universalidade da promessa de Deus que será plena com a vinda do Messias, Jesus de Nazaré. O Evangelho de Jesus é, substancialmente, o anúncio da salvação para todos os povos, para todas as nações. E o profeta Zacarias já o tinha preanunciado: “Naquele dia, numerosas nações vão aderir ao Senhor e passarão a ser o meu povo e Ele irá morar no meio de ti”. Esta visão do profeta já iniciou e nós participamos nela. Ele, que nos envolveu, continua a enviar-nos até aos confins da Terra para que outros continuem a saborear o Seu amor e a Sua salvação.
