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'Fazer Paz - a diplomacia de Sant'Egidio' está a venda

Na véspera do Quinquagésimo, um livro para entender o trabalho para a paz de Sant'Egidio

As palavras do Papa Francisco na marcha Paz em todas as terras


 
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8 Setembro 2009 19:25 | Praça do Mercado

APELO


Os chefes religiosos consignam o Apelo nas mãos de crianças de várias nacionalidades. As crianças, em nome de todas as gerações, entregam-no aos embaixadores e às autoridades que representam as nações de todo o mundo.

Nós, homens e mulheres de religiões diferentes, marcámos um compromisso na antiga cidade de Cracóvia, na Polónia, para orarmos, dialogarmos, fazermos crescer um humanismo de paz. Temos prestado homenagem à memória de João Paulo II, filho desta terra. Ele foi mestre de diálogo, testemunha tenaz da santidade da paz. Ele foi capaz de doar uma visão num tempo difícil, isto é o “Espírito de Assis”.

Aquele espírito soprou para muitas mudanças pacíficas no mundo. Assim há vinte anos, em 1989, a Polónia e a Europa do Leste acharam novamente a sua liberdade. No próprio mês de Setembro de 1989, em Varsóvia, homens e mulheres de religião diferente, reunidos pela Comunidade de Sant’Egidio, falaram alto o seu amor pela paz, afirmando: “Nunca mais a guerra!”. Mantivemo-nos fiéis àquele espírito, enquanto que ao longo destes anos demasiadas pessoas acreditaram que a violência e a guerra pudessem resolver os problemas e os conflitos do nosso mundo.

Muitas das vezes esqueceu-se a lição amarga da Segunda Guerra Mundial, embora tenha sido uma tragédia desproporcionada da história humana. Nós tornamo-nos peregrinos rumo a Auschwitz, tomando consciência do abismo no qual a humanidade tem descido. Era preciso regressar naquele abismo do mal, para compreendermos melhor o coração da história! Não se pode esquecer tamanha dor!

É preciso reparar para as dores deste nosso mundo: os povos em guerra, os pobres, o horror do terrorismo, as vítimas do ódio. Temos escutado o grito dos demais que sofrem. Povos inteiros ficam reféns da guerra e da pobreza; muitos deixam as suas casas, muita gente é desaparecida, raptada, ou vive na insegurança.

O nosso mundo ficou desorientado pela crise de um mercado que se achou de todo-poderoso, e por uma globalização sem alma e sem rosto. A globalização é uma ocasião histórica, embora muitas das vezes o mundo preferiu vivê-la numa lógica de choque de civilização ou de religião. Não há paz no mundo quando morre o diálogo entre os povos. Nenhum homem, nenhum povo é uma ilha!

As nossas tradições religiosas, nas suas diferenças, afirmam - em conjunto e com força - que nunca um mundo sem espírito será humano. Elas indicam o caminho do regresso para Deus, que é origem da paz.

O Espírito e o diálogo darão uma alma a este mundo globalizado! Um mundo sem diálogo acabará ficando escravo do ódio e do medo do outro. As religiões não querem a guerra e não querem ser utilizadas para a guerra. Falar de guerra em nome de Deus é uma blasfémia. Nunca, nenhuma guerra é santa. Com a violência e o terror, a humanidade é sempre derrotada.

Espírito e diálogo mostram o caminho para vivermos juntos na paz. Entendemos melhor de como o diálogo livra do medo e da desconfiança para com o outro. É a grande alternativa à guerra. O diálogo não enfraquece a identidade de ninguém; pelo contrário faz descobrir o melhor de si mesmo e o melhor do outro. Nada se perde com o diálogo. O diálogo escreve a história melhor, enquanto que o choque cria abismos. O diálogo é a arte de vivermos juntos. O diálogo é um dom que queremos fazer ao século vigésimo primeiro.

Vamos partir novamente da memória da Segunda Guerra Mundial, da profecia de João Paulo II, como peregrinos de paz, construindo com paciência e audácia uma nova estação de diálogo, capaz de unir na paz os que agora se odeiam ou se ignoram, capaz de unir todos os povos e todas as pessoas. Deus conceda ao mundo inteiro, a cada homem e cada mulher, a maravilhosa dádiva da paz!

Cracóvia, 8 de Setembro de 2009


Cracow 2009

Greeting of pope Benedict XVI


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